Banheiros: masculino, feminino e gay?!

Redação Lado A 09 de Outubro, 2006 03h03m

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No começo achei que fosse piada… ou uma crítica ao preconceito… algo assim, sei lá!

O pior não é governantes desinformados e obtusos votarem uma lei dessas… o pior é homossexuais acharem isso bom!

Está sendo notícia a semana toda. A lei, em alguma cidade no interior brasileiro, em que o prefeito quer instituir um banheiro destinado para gays (lésbicas continuariam a freqüentar o banheiro feminino). Isso é segregação! Puro e simples preconceito; discriminação!

O cara não deixou de ser homem só porque transa com os mesmos. Se isso acontecer, o ser humano – em especial os homossexuais – constituirá um novo ramo na evolução gênica.

Essa medida é biológica, psicológica, social e constitucionalmente incorreta.

Ser gay não constitui um novo gênero, é só um comportamento social. O mesmo não pode ser excluído do resto do gênero masculino. Momossexualismo não é defeito. [Aliás, isso me lembra algo que preciso denunciar… o professor Gastão, de história do Brasil, do curso preparatório Dom Bosco, em uma aula sobre a vinda da família real portuguesa ao Brasil, no séc. XIX, explicava os defeitos de cada um dos membros da mesma: a mãe do imperador, Catarina, era louca; Carlota Joaquina, tirana; Dom Pedro, um menino inconseqüente; e o príncipe Dom João… bom… segundo tão renomado e conceituado educador, o defeito do impera era ser gay… inclusive, cita que o mesmo teve a audácia de fazer o primeiro baile gay do Brasil e que tal modo de vida (homossexualismo) explicava porque ele fazia tantas trapalhadas no trono, tanto de Portugal, quanto no brasileiro].
 
Criar um banheiro para gays é dizer que eu não sou homem… e o que eu faço com minha certidão de nascimento? Lá está escrito que o meu sexo é masculino. O que eu faço com essa coisa que carrego desde quando nasci no meio das pernas? Então quer dizer que eu posso engravidar?
 
Há! Ocorreu-me agora… imaginem se essa idéia se amplia? Daí resolve criar banheiros para negros, japoneses, lésbicas, muçulmanos, travestis, transexuais, drag queens, freiras, traficantes, padres, políticos, poetas… meu Deus! Já que é pra segregar, vamos segregar tudo. Hey, não estou fazendo comparações, alto lá! Só estou dizendo que é estupidez… mesmo porque tais banheiros seriam alvos fáceis de ataques preconceituosos de ódio homofóbico… iria encher de bonehead, só esperando o cara entrar ou sair do banheiro…

Em um mundo em guerra e conflitos por tantas imbecilidades, criar mais uma é dar atestado de estupidez!
 
Ao contrário disso então, que votem à criação do “banheiro para todos os gêneros”. Tanto homens, quanto mulheres freqüentariam o mesmo. Assim, os travestis que alegaram, em entrevista cedida à Rede Globo, que não sabiam qual banheiro freqüentar, não teriam mais uma dúvida existencialista tão cruel.
 
Homossexualismo é um comportamento natural. Está ligado com afeto e prazer, não com condição. É uma coisa comum na natureza (Aliás, curiosidade: o veado é o animal “irracional” com menor índice de homossexualismo encontrado na natureza. E o golfinho é o oposto… sim, você é um golfinho… Sempre lhe chamaram pelo animal errado).
 
Pegue explicações genéticas e evolucionistas; tome por exemplo a “lei da selva”, sobrevivência do mais apto. Se os homossexuais são piores, mais fracos, como não findaram no começo da espécie?

Se for pego a história, como base, aí sim que o preconceito cai por terra. Não vou usar a Grécia, que é o exemplo mais clássico de como o homossexualismo sempre foi normal. Pegarei os celtas, cuja história se confunde com a dos ingleses e gauleses. Eles se relacionavam livremente, pela honra, poder e sabedoria.
 
Também poderia citar os Icsos, mesopotâmios, até mesmo os brasilíndios. Ou os japoneses. Segundo estudos, o homossexualismo entre os samurais era comum.
 
Alguns estudos apóiam-se em genética, demonstrando a existência de um gene que induz a sexualidade do individuo. Se o homossexualismo é pior que outros comportamentos, porque o mesmo não foi “destruído” através da evolução?
 
Porque ao invés de se preocupar com banheiros. Não se preocupam com a corrupção, criminalidade, fome e guerras que assolam o mundo? Porque ao invés de se preocupar com quem eu estou transando, não prendem esses caras que batem em suas mulheres e filhos?
 
Porque no lugar de pregar a segregação, não unificam os homens, como iguais que são?

FILME INDICADO: Tudo Sobre Minha Mãe (Todo Sobre Mi Madre); Pedro Almodóvar.

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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