Líder de pastores americanos renuncia após escândalo sexual

O Reverendo Ted Haggard era o presidente da Associação Nacional de Evangélicos dos Estados Unidos, organização com mais de 30 milhões de membros, 45 mil igrejas e noventa denominações. O reverendo tem contato direto com a Casa Branca e era um dos maiores opositores do casamento gay.

A casa caiu. Após ser divulgado que além de consumir drogas, ele mantinha nos últimos 3 anos uma relação homossexual fora de seu casamento, ele renunciou ao seu cargo, saindo inclusive, do comando da sua igreja, a  New Life, com mais de 16 mil seguidores. Ele negou toda a história e afirmou ser fiel à esposa, mas reconhece que conheceu Mike Jones, que afirma ter provas contra o pastor.

Presidente da associação desde 2003 e pai de cinco filhos, é um dos evangélicos mais influentes dos Estados Unidos, segundo a revista Times. Promoveu diversas campanhas contra o casamento gay e defende uma emenda para banir o casamento gay dos Estados Unidos, conforme compromisso do Presidente George W. Bush, para quem Haggard trabalhou nas últimas eleições.

Mike Jones, 49, um ex-garoto de programa, contou em um programa de rádio em Denver, Colorado, tudo sobre os dois. Segundo ele, o motivo para divulgar a história era que ele não poderia concordar que uma pessoa que fazia sexo gay nos bastidores pudesse ser contra o casamento gay. O escândalo apareceu na mesma semana em que vários estados norte-americanos votam sobre o casamento gay e também para os representantes em Washington.

Segundo Jones, os dois mantinham relações sexuais pagas pelo menos uma vez por mês nos últimos três anos e o pastor costumava usar meta anfetaminas nos encontros. Já o Rev. Haggard afirmou que Jones fez nele uma massagem, após ser indicado por um hotel onde se hospedou. Afirmou, ainda, que comprou a droga mas jamais a teria usado.

Em nota, a Casa Branca afirmou que lamentava o fato.