Crítica para Assionara

Redação Lado A 25 de Junho, 2007 20h25m

COMPARTILHAR


Não sou um bom teórico literário. Isso é coisa para gente inteligente. Então vou suprimir os fatos que são oblíquos e não os do caso reto.


Ela entendeu um ponto de vista que não é dela e rouba pra si a cena que agora é assume pois ela é capaz de ver, e viu, ao ver com os olhos dela, aquilo que o outro faz para si, trancado na parede, entre quatro quartos. Fardas. Fadas. Fado
.
Era um ponto de vista que não era dela. Mas agora é. Ela roubou. Na verdade, ela entendeu… então. Entendeu? Sim. Ela entendeu. Por entendimento, cometeu roubo. Não era seu. Agora é. Apropriação devidamente devida. Era mais do que justo. Nunca vi. Pelo menos não assim. Como pôde? É uma vida que não é dela mas agora é. Ela roubou e apropriou-se para vender e vendeu, mas ficou pra ela e distribuiu o produto que não era dela. Que ela roubou para vender mas apropriou-se e vendeu e entregou o produto e guardou pra ela.


É assim. Desse jeito. Disse um jeito. Desce um jeito? Sim. Porque hoje é uma noite para beber, pois à noite é que se bebe.


Os pêlos e as coxas roçam. Exatamente como ela transcreve.


Fim.


Para Assionara Souza, about Platopoético I e II & Cupido & D.S.T. e Literatura in “Cecília Não É Um Cachimbo”.

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

COMPARTILHAR


COMENTÁRIOS