Preconceito

Redação Lado A 25 de Junho, 2007 20h23m

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Todos sofremos preconceitos e somos preconceituosos sim, em menor ou maior escala (ou níveis diferentes) julgamos as pessoas pela primeira impressão feio, bonito, gordo, magro, novo, velho, hetero, homo , suas atitudes, opções, com quem estão, a que grupo pertencem, onde moram, etnia, etc. Isto é PRÉ-CONCEITUAR as pessoas, julgar e tirar onclusões antes de conhecê-las verdadeiramente. Se as pessoas se preocupassem em conhecer  as  outras  antes  de  julgar, se  surpreenderiam tanto, que  sentiriam  até  vergonha  de seus  pensamentos e criticas. Porque  não  mudar, de  hoje  em diante?  Vamos  olhar as  pessoas de maneira  diferente. Com  certeza,  nos  sentiremos  muito  melhor, pois  pelo  menos  não  teremos ensamentos  negativos, ruins.

Ultimamente, devido as minhas companhias, na maioria homossexuais bem jovens, a quem amo, que são pessoas maravilhosas, não os troco nem abro mão de suas amizade, por nada, muito menos por  preconceitos de pessoas menos esclarecidas, serei sua amiga se eles assim o quiserem. Mas como dizia, ultimamente tenho notado olhares críticos de repreensão, de incredulidade, menosprezo, como se dissessem “como pode essa mulher dessa idade saindo com esses meninos na balada gls, será que não se enxerga?”, até coisas mais sérias devem pensar e imaginar.  Sinto  até  pena, pois  se me  conhecessem  melhor, poderíamos  ser  tão  felizes,  tenho  certeza, eu  tenho  muito  amor, carinho, ajuda  e  compreensão  para dividir  com  tantos.

Sinto também que algumas mães de meus filhos “adotados” e amigos ficam enciumadas por eles falarem, estarem e gostarem de ficar perto de mim, sair comigo, sabem da estória né? A mãe do outro sempre é mais legal.

Gostaria que elas soubessem que todos seus filhos as amam, falam isso para mim sempre, alguns devido a criação têm “bloqueios” em falar isso pessoalmente a elas ou outros familiares.

E que elas saibam que quando saímos juntos, sentimo-nos muito bem e uns protegem e cuidam dos outros, e que isso as tranqüilizem, pois nós mães queremos alguém que proteja nossos filhos.

Amigas de minha faixa etária tenho muitas, mas a maioria pertence ao Grupo de  Pais de Homossexuais (GPH) e essas me entendem e dão maior força pois passam pelas mesmas “dificuldades”. Mas pra falar a verdade, em outros tempos, até me irritaria com isso, atualmente entendi que não vale a pena dar atenção ou se estressar por coisas que falam de você, que você sabe que não é verdade, que sua intenção é bem diferente do que as pessoas comentam, imaginam, fantasiam, deduzem. O nosso bem estar e consciência tranqüila e o nosso maior triunfo. Temos que dar satisfação ao a nós mesmos e a Deus. Aos outros devemos respeitar como seres humanos, mas não dar direitos a eles.

Meu lema é: nossa vida é como uma vela, é para ser gasta e eu gasto com meus familiares e amigos, entre eles  muitos  homossexuais, tentando mostrar a todos que somos iguais e que temos o dever de sermos felizes, mesmo que apareçam os obstáculos em nossa caminhada, vamos contornando, ultrapassando da melhor maneira.
Na família, sinto  também preconceitos velados : “ não se envolva demais, cuidado para não se machucar.”

Entendo e agradeço sua preocupações que são válidas em todas as situações. Mas  tenho a  certeza que  o  que  faço me  deixa  muito  feliz, e faz  muitas  pessoas  felizes, e  é  isso  que  importa.
                                                                      

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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