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Vida sem amor, é possível?

Redação Lado A 10 de Agosto, 2007 14h42m

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AMOR sentimento maior e amplo. Mas, o amor, ao qual me refiro neste texto, é o amor de casal, de seres que desejam viver para sempre com um parceiro, com amor incondicional.


Como é da natureza humana, todos nós nascemos para sermos felizes, em certa altura de nossas vidas, deverá aparecer o nosso príncipe ou princesa encantado, nossa alma gêmea, com a qual viveremos felizes para sempre.


Quando falamos em amor, não podemos taxar apenas o amor entre um homem e uma mulher, pois o amor não vê sexo, não é seletivo, aparece de repente, não sendo direito só dos heterossexuais.


Não sou espírita, mas no espiritismo há explicações para que o amor se apresente de maneiras diversas, até inesperadas. O verdadeiro amor não consiste em tentar corrigir os outros, mas alegrar-se ao ver que as coisas são melhores do que esperávamos. Além do mais, quando se alcança a evolução espiritual, o amor descansa e toma uma forma sublime, mesmo porque o amor vivo é um amor em conflito, seja ele homossexual ou heterossexual, o verdadeiro amor sempre é encontrado.


Também existe o amor à primeira vista, aquele em que você vê o outro, e desmonta, não consegue mais esquecê-lo, torna-se até uma obsessão.


O amor que é confundido com a paixão, no qual há as maiores decepções, pois a paixão tem prazo de validade, e quando toda aquela empolgação acaba, a pessoa tende a culpar a falta de amor, que nem existia.


Deveríamos saber diferenciar a paixão do amor. Não é fácil. Eu acredito que devemos analisar bem as situações, dar tempo ao tempo, ou vivenciar o relacionamento sem muitas expectativas. Mas a maioria não faz isso e se “joga” de cabeça no relacionamento, fazendo coisas mirabolantes, até mudando suas próprias vidas, achando que encontraram o par perfeito.
É onde muitos se decepcionam, por não terem paciência, por estarem carentes e não querer deixar as oportunidades passarem.


Daí vem à decepção: ficam descrentes, sem expectativas reais e começam a ter relacionamentos (ficam) sem compromissos, com várias pessoas, o que os tornam vazios e mais tristes, a um passo da promiscuidade.


Por isso, valorizo muito os relacionamentos duradouros, mais ainda entre homossexuais, que comprovadamente sei que existem. Tenho casais de amigos que se amam, se respeitam e se completam. Mas, para que isso ocorra, temos que fazer nossa parte: dialogar, respeitar e até ceder. O amor é vivo, precisa ser cuidado, diariamente, e assim ele se conservará.


Mas qualquer forma de amor (literalmente) é válida, e que seja eterno enquanto dure, já dizia o poeta.


Viver sem amor é realmente muito triste. Mas antes de amarmos aos outros temos que nos amar, pois, só assim, o verdadeiro amor virá ao nosso encontro.
Sejam felizes.

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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