Jovens gays agredidos por funcionários de bar de Floripa

Redação Lado A 04 de Outubro, 2007 20h56m

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POR FAVOR REPASSEM O E-MAIL PARA O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS POSSÍVEL PARA QUE TENHAMOS UM ATO GRANDE AO FIM DA TARDE (CONCENTRAÇÃO ÀS  17:00) DO DIA 11.10.2007


DENÚNCIA DO ESPANCAMENTO HOMOFÓBICO E MACHISTA NO BAR MIDNIGHT NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS NA NOITE DO DIA 27 PARA O DIA 28 DE SETEMBRO DE 2007



Na madrugada do dia 27 para o dia 28 de setembro um grupo de 6 pessoas (4 garotas e 2 rapazes) foram espancados no bar Midnight Snooker Bar, reduto tradicional da juventude universitária da UFSC no bairro Trindade, principalmente pelo fato do grupo ser composto majoritariamente por bissexuais, gays e lésbicas. O fato de verem os casais de meninas e o casal de meninos se beijando, parece não ter agradado aos donos do bar, pois quando o grupo foi questionar o valor exorbitante que estava sendo cobrado na conta final, os donos, assim como funcionários e colegas dos donos deixaram aflorar todo o seu ódio homofóbico espancando brutalmente as garotas e os rapazes. Só para se ser uma dimensão do que se deu, a maior selvageria se manifestou com as garotas: uma delas, já caída no chão e completamente impossibilitada de se defender teve a cabeça chutada covardemente pelos donos do bar, o que provocou seu desmaio por vários minutos.


Outra das garotas teve um corte profundo aberto na cabeça após um dos funcionários do bar tê-la golpeado – pasmem! – com um taco de sinuca. Quanto aos rapazes, um deles foi imobilizado e espancado covardemente por homens ligados aos donos. Esse ato absolutamente covarde tem que ser repudiado e denunciado amplamente. Os agressores não podem sair incólumes desse crime.


O que é mais absurdo é que com a chegada da polícia, que em teoria deveria proteger os direitos civis dos agredidos, uma das garotas, ao tentar explicar o que se havia passado e alterada pela inacreditável agressão, acabou por levar um tapa no rosto de um dos PM´s, que, por fim, soltou uma pérola machista: “eu não tenho que respeitar mulher, baixa a bola!”. Por causa dessa atitude homofóbica e absurdamente machista, o grupo de garotas e de rapazes, intimidado e corretamente com receio da PM, acabou por não registrar Boletim de Ocorrência e por dirigir-se apenas ao Hospital Universitário, onde foram medicados.


O Brasil é considerado um dos países mais intolerantes aos homossexuais, assim como às travestis e transexuais, com um número altíssimo de assassinatos e espancamentos de homossexuais (vide dados do Grupo Gay da Bahia). Outra questão, igualmente grave que se manifesta na maioria desses casos de homofobia e de machismo é a impunidade. A esmagadora maioria dos casos de espancamentos e assassinatos de homossexuais (e também de mulheres) permanece sem solução. E na cidade de Florianópolis, que tem o irônico título de “paraíso gay” do Brasil, e que tem muito do seu turismo sustentado diretamente pelo “dinheiro rosa” dos GLBTTT´S (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais), os casos de agressões,espancamentos e até assassinatos não param de aumentar na cidade.Frente a estes casos, o poder público tem se omitido completamente da proteção desses sujeitos que têm todo o direito de exercerem sua orientação ou identidade sexual, afinal de contas, o movimento homossexual luta no mundo inteiro há muitos anos para reconhecer que direitos eróticos são direitos humanos!


O governo municipal, o setor hoteleiro e de entretenimento (bares e boates), assim como as Forças Armadas só reconhecem a existência de homossexuais, assim como travestis e transexuais quando estes trazem 40 mil pessoas para a beira-mar para a Parada da Diversidade e mais 100 mil pessoas para o carnaval gay do Roma e financiam a riqueza de boa parte da cidade? Esses setores só vêem os homossexuais como consumidores?


DENÚNCIA DO ESPANCAMENTO HOMOFÓBICO E MACHISTA NO BAR MIDNIGHT NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS NA NOITE DO DIA 27 PARA O DIA 28 DE SETEMBRO DE 2007

Na madrugada do dia 27 para o dia 28 de setembro um grupo de 6 pessoas (4 garotas e 2 rapazes) foram espancados no bar Midnight, reduto tradicional da juventude universitária da UFSC no bairro Trindade, principalmente pelo fato do grupo ser composto majoritariamente por bissexuais, gays e lésbicas. O fato de verem os casais de meninas e o casal de meninos se beijando, parece não ter agradado aos donos do bar, pois quando o grupo foi questionar o valor exorbitante que estava sendo cobrado na conta final, os donos, assim como funcionários e colegas dos donos deixaram aflorar todo o seu ódio homofóbico espancando brutalmente as garotas e os rapazes. Só para se ser uma dimensão do que se deu, a maior selvageria se manifestou com as garotas: uma delas, já caída no chão e completamente impossibilitada de se defender teve a cabeça chutada covardemente pelos donos do bar, o que provocou seu desmaio por vários minutos. Outra das garotas teve um corte profundo aberto na cabeça após um dos funcionários do bar tê-la golpeado – pasmem! – com um taco de sinuca. Quanto aos rapazes, um deles foi imobilizado e espancado covardemente por homens ligados aos donos. Esse ato absolutamente covarde tem que ser repudiado e denunciado amplamente. Os agressores não podem sair incólumes desse crime.O que é mais absurdo é que com a chegada da polícia, que em teoria deveria proteger os direitos civis dos agredidos, uma das garotas, ao tentar explicar o que se havia passado e alterada pela inacreditável agressão, acabou por levar um tapa no rosto de um dos PM’s, que, por fim, soltou uma pérola machista: “eu não tenho que respeitar mulher, baixa a bola!”. Por causa dessa atitude homofóbica e absurdamente machista, o grupo de garotas e de rapazes, intimidado e corretamente com receio da PM, acabou por não registrar Boletim de Ocorrência e por dirigir-se apenas ao Hospital Universitário, onde foram medicados.


O Brasil é considerado um dos países mais intolerantes aos homossexuais, assim como às travestis e transexuais, com um número altíssimo de assassinatos e espancamentos de homossexuais (vide dados do Grupo Gay da Bahia). Outra questão, igualmente grave que se manifesta na maioria desses casos de homofobia e de machismo é a impunidade. A esmagadora maioria dos casos de espancamentos e assassinatos de homossexuais (e também de mulheres) permanece sem solução. E na cidade de Florianópolis, que tem o irônico título de “paraíso gay” do Brasil, e que tem muito do seu turismo sustentado diretamente pelo “dinheiro rosa” dos GLBTTT’S (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais), os casos de agressões, espancamentos e até assassinatos não param de aumentar na cidade. Frente a estes casos, o poder público tem se omitido completamente da proteção desses sujeitos que têm todo o direito de exercerem sua orientação ou identidade sexual, afinal de contas, o movimento homossexual luta no mundo inteiro há muitos anos para reconhecer que direitos eróticos são direitos humanos! O governo municipal, o setor hoteleiro e de entretenimento (bares e boates), assim como as Forças Armadas só reconhecem a existência de homossexuais, assim como travestis e transexuais quando estes trazem 40 mil pessoas para a beira-mar para a Parada da Diversidade e mais 100 mil pessoas para o carnaval gay do Roma e financiam a riqueza de boa parte da cidade? Esses setores só vêem os homossexuais como consumidores?



Os GLBTTT’s não são apenas um mercado consumidor! E por isso exigem:


1. Cadeia para os agressores homofóbicos e machistas do bar Midnight!


2. Aprovação em nível nacional, estadual e municipal de leis que defendam os direitos eróticos das pessoas que não se guiam pela heteronormatividade!


3. Curso e preparação da Guarda Municipal e das Polícias para a defesa de GLBTTT’s. E punição para aqueles que em seu efetivo manifestem homofobia, machismo e racismo!


4. Reconhecimento de que não somos apenas um mercado consumidor! Queremos direitos sociais!


5. DIREITOS ERÓTICOS SÃO DIREITOS HUMANOS!


FRENTE DE GAYS, LÉSBICAS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS, TRANSEXUAIS E SIMPATIZANTES PELA PUNIÇÃO DOS ENVOLVIDOS E PELA APROVAÇÃO DE LEIS QUE CRIMINALIZEM HOMOFOBIA


 

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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