Bebê é retirado de transexual a pedido de promotor

Redação Lado A 10 de Outubro, 2007 17h49m

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O Juiz Osni Assis Pereira, da Vara da Infância e da Juventude de São José do Rio Preto, cidade do interior de São Paulo, acolheu a decisão da família de um bebê de 9 meses e autorizou a guarda provisória para uma transexual e seu companheiro. Roberta, 30, e seu companheiro, Paulo, 40, estavam com a guarda provisória até que a Justiça decidisse sobre a adoção. Segundo ela, a mãe e a avó da criança não tinham condições de criar o bebê e o entregaram para ela. Mas o promotor Cláudio Santos de Moraes, da Vara da Infância e da Juventude, entrou com pedido de busca e apreensão da criança, ao entender que a permanência do bebê com a transexual era desvantajosa. O pedido foi deferido pela Justiça e a criança foi entregue em um abrigo público. Moraes nega que tenha sido preconceituoso: “Não vejo preconceito. Acho que a pessoa tem o direito de fazer o que quiser com a sua própria vida. Mas fazer com que um terceiro se submeta a uma situação que ela ache correta, não acho justo.” Osni manifestou que a criança deve ir para uma família “normal” e que a escolha da mãe e da avó foi “infeliz”.

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