A lei 11.705/2008 – conhecida como Lei Seca – apresentada pelo deputado Federal Hugo Leal, a partir da mudança da Medida Provisória 415, que proibia a venda de bebidas alcoólicas em rodovias federais, não afeta o consumo de álcool nas boates GLS de Curitiba. A despeito do que diz a associação do setor, que fala em 20 a 30% de queda no consumo.
De acordo com o proprietário do bar Side Caffe, Beto Martins, apesar dos comentários desfavoráveis e criticas à alcoolemia zero “a compra de bebidas não diminuiu nada”.
Os “baladeiros” adeptos ao álcool procuram meios alternativos para locomoção, como o transporte público e o táxi. O presidente das rádio-táxis curitibanas, João Pinheiro, diz que da região central da cidade, onde está a maioria das boates GLS, são solicitados freqüentemente o serviço da empresa. Segundo ele, depois da implantação da Lei Seca, o número de chamadas aumentou consideravelmente. “Só nesse último final de semana a procura por nossos veículos subiu cerca de 25%”, afirmou Pinheiro.
Independente de novas regras implantadas pelo Estado, as baladas de Curitiba continuam fervendo. O gerente de loja Vagner Satana evita beber antes de dirigir e continua a freqüentar os points da cidade. Em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, o deputado Hugo Leal afirmou gostar de bebidas alcoólicas porém quando sai leva sua esposa, que não toma álcool, para dirigir.
A sugestão para uma diversão garantida é seguir o exemplo do deputado ou do nosso leitor. Se beber, não dirija. Mas se for beber, apele para um motorista sóbrio e solidário ou outros meios de transporte. Aumente seu círculo de amizades e procure pessoas que não bebam para companhia na balada. Dessa maneira, a segurança coletiva e a sua estarão garantidas. Lembrando que a multa para quem for pego dirigindo após consumir álcool é de quase mil reais e fica ainda impedido de dirigir por um ano.
