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Internautas não gostam de drogas ou mudaram de hábito

Redação Lado A 29 de Setembro, 2008 04h19m

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Perguntado aos nossos leitores do site se eles fazem uso de alguma droga ilícita, pouco mais de 30% disseram consumir algum tipo de droga ilegal. A freqüência ficou bem dividida: 10% consomem diariamente (suspeitamos que sejam os consumidores de maconha), 12% disseram usar as drogas apenas nos fins de semana e outros 10% fazem uso apenas quando são oferecidas tais substâncias para eles.

A grande maioria afirmou não usar drogas. O que por si só é algo bom. 49% afirmaram não curtir drogas e 18% afirmaram que já foram usuário mas largaram o uso ou vício. Menos de 1% afirmou estar tentando parar de usar. É visível em boates e grupos de amigos o consumo de substâncias tóxicas que promovem sensações de euforia, relaxamento, alucinação ou de energia.

Muitos usam por acreditar que faz parte do comportamento do grupo nos quais estão inseridos, outros, para esquecer algum tipo de frustração. Em todo caso, comprovamos que a maioria não usa e que é sim possível largar o vício. Assumir que há um problema é o primeiro passo. Talvez você ache que não há problema algum. Quando você perceber o problema, pode ser tarde demais.

Indicamos este programa da Unicamp para quem quiser ter mais informações sobre drogas. Lá você pode ler mais sobre o produto que você consome e ter dicas para parar de usar. Tem alguns testes interessantes para medir o seu grau de dependência: http://www.prdu.unicamp.br/vivamais/



Separamos alguns tópicos de tipos de drogas mais utilizadas nas baladas:

Cocaína
Esta droga, com alto poder estimulante sobre o SNC, é um alcalóide extraído da folha do arbusto de coca (Erytroxylum coca), encontrada em abundância no Altiplano Andino (Peru, Colômbia e Bolívia). Foi isolada em 1859 e a partir de 1884 o cloridrato de cocaína (em forma de pó estável e hidrossolúvel) já estava disponível para comercialização. A cocaína altera o comportamento induzindo à euforia, reduzindo a sensação de fadiga e diminuindo o apetite. Quando seu efeito começa a desaparecer surgem sonolência, irritabilidade e um estado psicológico semelhante à depressão. Como é estimulante, inicialmente melhora a performance física na execução de tarefas que requerem força e velocidade. Em doses elevadas produz intensa ansiedade e irritabilidade, podendo levar a um comportamento psicótico. A cocaína em pó pode ser aspirada por via nasal ou diluída e injetada via subcutânea ou intravenosa. A cocaína também pode ser utilizada como anestésico local.

Inalantes (Ló-Ló)
A categoria dos inalantes envolve uma vasta gama de drogas de abuso, sendo as mais comuns os solventes encontrados em produtos de uso industrial (cola-de-sapateiro, thinner, limpa-tipo) e derivados de petróleo (benzina, éter, acetona). Seu efeito inicial é de euforia. Em seguida, deprime o SNC, podendo chegar ao coma, no uso compulsivo. São também produzidos artesanalmente e conhecidos como lança-perfume. Neste, um solvente (em geral clorofórmio ou éter) é misturado a uma substância aromatizante. O quadro de intoxicação aguda é grave e requer tratamento urgente. O uso crônico pode levar a inflamação nos pulmões (pneumonite química) assim como a lesões cerebrais por ação tóxica direta da substância solvente.

Maconha (Cannabis sativa, sp.)
Arbusto originário da Ásia Central, hoje quase que universalmente distribuído. Cresce naturalmente nas regiões tropicais e temperadas. Seu cultivo data de tempos remotos, sendo inicialmente muito utilizada para produção de fibras têxteis (conhecida como Cânhamo). A partir de 1839, com a publicação de um trabalho descrevendo suas qualidades medicinais, entrou para o bulário terapêutico. Já no século XX, tal uso medicinal ficou restrito às regiões onde a medicina oficial não exercia influência. Dentre as substâncias isoladas da Cannabis, a maior responsável pelo efeito psicoativo é o  -9 -tetrahidrocanabinol – THC. Provoca discreta euforia seguida de sedação. Possui efeito alucinógeno, sendo este efeito dependente da quantidade de THC existente no produto. Como droga de abuso, a maconha é vendida em pequenas quantidades, sob forma prensada, onde se misturam partes de folha, caule e sementes da planta. A partir daí, o usuário confecciona cigarros, que são fumados, sendo a fumaça aspirada para os pulmões, onde há a absorção do princípio ativo pela corrente sangüínea e, a partir daí, levado até o SNC.

Ectase (MDMA)
Não é uma droga nova como pensam muitos. É um derivado sintético da anfetamina e, portanto, um psicoestimulante como a cocaína e as anfetaminas. Esta metanfetamina foi patenteada na Alemanha em 1914 e nos anos 80 passou a ser usada como droga de abuso. Até 1985 não era uma substância controlada. É consumido por via oral em comprimidos contendo de 50 a 150 mg do produto. O que se vende nas ruas, porém, pode conter, além da MDMA, uma série de outras substâncias (cafeína, paracetamol, quetamina, LSD e outras substâncias não-identificadas). Portanto, o risco adicional de efeitos indesejáveis é muito grande, já que não há qualquer controle sobre o que está sendo comercializado. Em doses muito elevadas (acima de 300 mg) o MDMA pode provocar alucinações o que teria levado a Sociedade Americana de Psiquiatria a classificá-lo como droga alucinógena.

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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