A maçã proibida: Um século do sexo e pecado em New York

Apesar do título sugestivo “The Forbidden Apple: A Century of Sex & Sin in New York City” algo que poderíamos traduzir livremente como “A maçã proibida: Um século do sexo e pecado em New York”, o novo livro da escritora Kat Long fala abertamente sobre a repressão sexual e mostra que tanto a revolução sexual quanto a repressão em torno do tema a favor da moralidade e bons costumes iniciaram na “Big Apple”, carinhosamente apelidada a cidade de New York.

Bastante contraditória ao tema, a obra é bastante familiar, o que muitas vezes causa reações de impaciência ao leitor. A história mostrada no livro sugere algo de épico, o livro mostra que as forças da licença e da repressão nunca se adaptam, porém transformam-se, mais as coisas permanecem as mesmas.

Na história, são mostrados alguns personagens que foram ímpar para a construção da sociedade hoje, como se o “caráter” da sociedade atual tivesse sido moldado por estas figuras, como o inspetor dos Correios Anthony Comstock, o pregador Charles Parkhurst, e o proto-sociólogo Jacob Riis. Narra a enorme “onda” de repressão que se estabeleceu em New York com relação à prostituição desenfreada já naquela época, as questões de intolerância ao homossexual, questões de raças, distorção política, corrupção. Bem comum ao que vemos hoje.

Com o livro podemos traçar um paralelo entre o século passado e os dias atuais. Vamos notar nesta obra que muita coisa continua a exatamente da mesma forma. Para os amantes da boa leitura eis aqui um prato cheio. O livro de Kat Long é uma história social da expressão sexual em New York City de 1870 ao presente, com uma ênfase no papel previamente não-examinado de reformistas religiosos e sociais no desenvolvimento da sub-cultura sexual.