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Parada Gay de São Paulo terá versão mais militante este ano

Redação Lado A 02 de Junho, 2009 12h28m

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O clima entre casas noturnas e sites que todo ano desfilam na Parada Gay de São Paulo e a organização do evento não anda muito bom. Tudo por conta dos altíssimos valores cobrados para que os trios elétricos de empresas entrem na Avenida Paulista. Os valores envolvidos para que a participação de empresas aconteça são altos e este ano muita gente desistiu de participar do evento. A parada será no próximo dia 12 e tem vasta programação cultural e forte viés político.


No ano passado, a Parada do Orgulho Gay de São Paulo levou nada menos do que 3 milhões de pessoas às ruas e o valor gasto estimado pelos organizadores destinados a organização da Parada foi de 1 milhão de reais, o que trouxe para São Paulo aproximadamente 320 mil turistas, isto sem falar na renda obtida com as programações paralelas. Este ano, a entidade estima gastar quase 4 vezes o valor do ano passado e melhorar a estrutura do evento.


No ano de 2008, seis carros de empresas de entretenimento participaram do desfile, já para este ano a Parada corre o risco de ter somente dois carros deste segmento, sendo um da drag queen Salete Campari e outro de um guia de endereços GLS.


Para empresários, os aumentos abusivos por parte da Associação da Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transgêneros) tornam a participação inviável. O problema todo está no valor cobrado por marca e trio, que este ano chega a 10 mil reais, apenas como inscrição, sendo que cada marca adicional deve somar 50% deste valor. Para cumprir com outras exigências e aluguel de trio, a brincadeira chega aos 40 mil reais facilmente.


De certa forma estes valores em partes não são considerados altos se levarmos em conta o tamanho e a grandeza da Parada Gay de São Paulo, a maior do mundo. Mas as boates alegam que são elas quem levam o público e isto deverá ser testado este ano. Fora isso, ongs e sindicatos tem um valor diferenciado e pagam bem menos.


Sob o tema “Sem Homofobia Mais Cidadania. Pela Isonomia dos Direitos” a Parada Gay de São Paulo rola já no próximo dia 14 junho e parece estar mais pobre este ano e quem acaba perdendo nesta queda de braço é o público que perde em qualidade, badalação e diversão. Mas podem esperar um cunho mais ativista para este ano, com pausas durante o evento e discursos. Vamos ver no que vai dar.


Mais informações: http://www.paradasp.org.br

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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