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O amor em 8 segundos

Redação Lado A 20 de Julho, 2009 22h58m

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Olá queridos!!! Sentiram minha falta? Pois então, cá estou novamente e como de costume, sempre com um questionamento, uma palavra amiga ou simplesmente nada, porque, às vezes, o nada também é muito bom. Li um artigo muito interessante esta semana, mas precisamente num blog sobre assuntos gays.


O texto fazia menção a um artigo publicado no jornal britânico “Daily Telegraph” sob o texto de “Archives of Sexual Behaviour”. Tratava-se de uma experiência feita com câmeras escondidas no qual a idéia era saber o tempo necessário para se apaixonar.


A experiência foi feita tanto com homens quanto mulheres e os pesquisadores analisaram o movimento dos olhos de 115 estudantes enquanto eles conversavam com atores e atrizes. Depois disso, os voluntários tinham que dar uma nota para cada pessoa com quem tinham falado.


Os homens olharam para as atrizes que eles consideraram mais bonitas por uma média de 8,2 segundos. Para as menos atraentes, o olhar durava apenas 4,5 segundos. Já entre as mulheres não houve essa variação. Ou seja, elas olharam da mesma maneira para os homens que consideraram mais e menos atraentes. Segundo os pesquisadores, este 8,2 segundos são decisivos para que o homem fique apaixonado.


Reporto neste artigo as minhas experiências e novamente abro a questão, por que nós homens temos esta facilidade para nos apaixonarmos? Será que isto faz parte de nossa chamada “masculinidade”?


O texto na verdade confirma o que muito tenho visto e ouvido por aí, que cada vez mais as pessoas estão volúveis, hora amam de paixão alguém, na hora seguinte já não conhecem mais. E digo isso de causa própria mesmo e não vou dizer aqui que estou generalizando, somente vivi uma experiência assim.


Então queria mesmo era entender porque somos assim, porque agimos com tanto impulso na hora de conhecer alguém, prometemos mundos e fundos e daqui a meia hora já não estamos mais tão apaixonados assim.  É estranho ver o comportamento de muitos gays que conheço, muitos dizem que acabaram de conhecer um cara e já dizem que amam, que é pra sempre, muitos inclusive já pensam em “unir os cobertores” e aventurar-se no misterioso jogo de se morar junto.


Hoje eu sei o quão é importante conhecer a pessoa, descobrir as afinidades, porque não os defeitos, saber com quem está! Meu atual relacionamento é baseado principalmente em sinceridade e é por isso que está dando certo, as etapas do conhecimento são de suma importância.


É como se fosse um jogo, no qual você vai descobrindo um pouquinho mais do outro a cada dia. O amor é assim, uma descoberta a cada dia. Óbvio que nem sempre é tudo um mar de rosas, mas se juntarmos todas as rosas que jogamos pelo caminho poderemos formar um mar… um mar de respeito mútuo, um mar de sabedoria, um mar de carinho! Cientistas gostam de ditar regras, mostrar o que é certo e o que não é.


Mas o que de fato é certo neste mundo? Aliás, mais vemos coisas erradas do que certas, é avião caindo, mansões não sendo declaradas, impostos sonegados, roubalheira e esculhambação, celebridades se matando e a marolinha continua… então por quê ditar o que é o amor? Será que conseguimos amar alguém em tão pouco tempo?


 Isso é relevante, cada pessoa tem seu tempo, sua hora. O amor, pra mim, pode ser uma coisa e pra você, que está lendo, outra. Como diz um poeta desconhecido… “Amor não é se envolver com a pessoa perfeita, aquela dos nossos sonhos. Não existem príncipes nem princesas. Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos. O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser”.


Como diria minha amiga Miranda… That’s All!!!

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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