Cinema nacional: Elvis e Madona

Um pai abandona a família para se tornar travesti. Anos mais tarde, tenta se reconciliar com os parentes, mas se apaixona pela namorada do filho. Após ver essa cena em um programa sensacionalista norte-americano, o diretor Marcelo Laffitte se inspirou para escrever seu roteiro de “Elvis e Madona”. Uma produção nacional guardou parte da essência do ocorrido visto por Laffitte pela TV americana.

Com direção de Marcelo Laffitte que optou em trazer as telas uma imagem mais real de homossexuais e menos estigmatizada pela marginalidade, o filme retrata a vida de Madona que é uma cabeleireira que trabalha duro para realizar o sonho de produzir um espetáculo musical com drag queens. Elvis, entregadora de pizza, na verdade quer ser fotógrafa, ambas vivem em Copacabana onde se dá a maioria das cenas, tudo com muito humor e veracidade.

O longa traz a atriz Simone Spoladore no papel da lésbica Elvis e o ator Igor Cotrim como a travesti Madona. A produção do filme começou em 2008 e até novembro de 2010 deve estrear no Festival de Brasília. No total, cerca de R$1,2 milhões foram investidos após as difíceis negociações de patrocínio para a produção. Laffite acredita que a dificuldade se deu pelo fato de a sociedade brasileira ainda resistir a apostar em produções envolvendo personagens homoafetivos.

Preocupado com a aceitação do público, o diretor teve bons resultados nas pré-apresentações realizadas para públicos diferentes. Segundo ele, o público compreende os personagens nos primeiros 10 minutos e logo se entregam à trama recheada de elementos de comédia romântica e toques de ironia.

O processo de seleção para escolher os atores protagonistas foi árduo e algumas cenas estão disponíveis no site YouTube.

Veja o vídeo promocional do filme: http://www.youtube.com/watch?v=SUqDKzzxzgM

Testes de Elenco: http://www.youtube.com/watch?v=SFH9QM6U0bs