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Travesti de Ídolos é transexual e quer fazer cirurgia de mudança de sexo

Redação Lado A 17 de Setembro, 2009 22h07m

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Eliminada ontem do programa, Lívia Mendonça, 20 anos, cearense que deixou os jurados do programa Ídolos, da Record, de queixo caído, por sua voz parecida com a da cantora Maria Bethânia, conta que já sofreu preconceito por ser diferente.


“Descobriram uma mancha no meu pulmão e acharam que era pneumonia. Quando souberam que eu era travesti, me transferiram do quarto feminino para o masculino. E depois ainda viram que a mancha era meu silicone. Além de erro médico, foi a pior situação de preconceito que enfrentei na vida”. Ela trabalha em um salão de beleza  como maquiadora e não tem experiência com o público. Sua mãe foi quem a incentivou a cantar, pois é o seu maior sonho. Ser uma cantora.


Ela começou a se vestir de mulher quando tinha de 12 para 13 anos e nunca se interessou por meninas. “Não tive curiosidade e nunca vou ter. Deus me livre, abomino. Meus órgãos podem até ser masculinos, mas meu interior não é. Quero fazer cirurgia de sexo para me sentir completa”, diz ela.  Ela revela que a relação com sua mãe sempre foi tranqüila mesmo quando soube a respeito de sua orientação sexual. Conta que nunca precisou contar a mãe que era travesti mas que acredita que a mãe sempre soube. Com tanto carinho e atenção dentro de casa, ela se diz uma felizarda. “Nunca tive problema com minha família”.


A cearense acredita que a Record pode abrir muitas portas, mesmo com sua eliminação. Lívia tem vídeos no YouTube com mais de 300 mil acessos em que ela interpreta as músicas ‘Negue’ e ‘Onde Estará o Meu Amor’ de Maria Bethânia. “Quando se é bom não importa raça, sexo ou religião”. Agora ela quer fazer a cirurgia de mudança de sexo, ou seja, na verdade ela é transexual e não travesti.


“Meus órgãos podem até ser masculinos, mas meu interior não é. Quero fazer cirurgia de sexo para me sentir completa”, afirmou Lívia em entrevista no programa Ídolos.

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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