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DJ Rodolfo Bravat: sucesso internacional

Redação Lado A 01 de Outubro, 2009 17h28m

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“Não basta tocar várias músicas bacanas, pois tem que haver uma conexão entre uma e outra, senão acaba construindo um set estranho e sem sentido”.


Do latim, Bravat quer dizer guerreiro, determinado, valente, notável, talentoso e bravo. Com uma trajetória prodigiosa, Rodolfo Bravat surpreendeu ao passar de iniciante para um dos mais destacados profissionais da cena em apenas três anos. Seu estilo e personalidade inconfundível marcam sua passagem através dos principais clubes e festas.


Com sets que mesclam os estilos Tribal, Electro House e Progressive, seu som parece emitir energia para o público que extravaza reagindo a cada música. É incrível ver a interação do público com o DJ. E essa ligação não para por aí pois conquista muitos fãs que o seguem em suas apresentações.


Em 2009, Bravat deu um grande passo em sua paixão profissional quando foi convidado a tocar e mostrar seu repertório nos principais clubes do México e na França, em Paris. Sua aceitação tanto em todo o Brasil quanto no exterior é tão grande que basta notar que ele está constantemente em ação. Com isso já é possível ter uma noção do seu bom trabalho e sucesso.


Atualmente o DJ Rodolfo Bravat é residente de um dos maiores clubs do país, o Flex Club International, ao lado da DJ Ana Paula; e da Jungle Party, uma das labels parties mais famosas de São Paulo. E nas pick ups, Bravat já foi convidado para tocar com Chris Cox, Chus e Ceballos, Ralphi Rosario, Fist, The Southern Brothers, Cajjmere Wray, Ronen Mizrahi, Yinon Yahel, Mario Calegari, Hector Fonseca, Brett Henrichsen, Hex Hector, Twisted Dee, Tibal Tarante, Edgar Velazquez, Oscar Velazquez, Adrian Dalera, Carlos Manaça, Eddie Baez, Eric Cullemberg, Dario Nunez, e outros grandes nomes.



Entrevista


O que despertou essa paixão pela discotecagem?
Há alguns anos, despertei minha paixão pela house music através da maneira mais convencional, que hoje em dia é o hábito de usar a internet pra fazer downloads de mp3 e o gosto pela discotecagem veio da observação do trabalho dos DJs. O efeito que isso causava na pista fez criar um sonho em mim, o de ser DJ. Comecei a treinar em casa, nas CDJs com dicas dos amigos DJs, mas a grande oportunidade veio através do DJ Robson Mouse que me ensinou muita coisa e abriu espaço para que eu pudesse tocar pela primeira vez profissionalmente, na Blue Space.


Quais são suas influências dentro da cena eletrônica? Você se espelha em algum DJ? Como você descreve o seu estilo?
Eu acredito que todos os DJs sempre observam outros DJs trabalhando em busca de conhecimento. Acho que é assim em qualquer trabalho. É através desse conhecimento em estudar e pela experiência tocando que se desenvolve o talento. Eu busco não me espelhar pois tenho meu próprio trabalho, minha personalidade nos sets, nos quais procuro passar aquela energia de festa sempre com músicas novas e bem dançantes, características do house e do tribal.


Você já tocou ao lado de grandes DJ´s da cena internacional e nacional. Você se apresentou já ao lado de grandes nomes como: Chris Cox, Chus e Ceballos, Fist, Cajjmere Wray, Ronen  Hector Fonseca,  Hex Hector,  Adrian Dalera, Carlos Manaça, Eddie Baez, Dario Nunez. Como foi a experiência? Algo te chamou atenção ao tocar do lado de nomes consagrados na cena eletrônica internacional?
 É uma experiência prazerosa tocar ao lado de grandes profissionais. Eles são referência na cena por isso é sempre bom ficar ligado a tudo e tentar tirar alguma coisa boa como lição.


Como escolhe as músicas para uma apresentação? Quando toca fora do Brasil (México) o teu set muda? Como é tocar fora do país?
Bom, não há uma escolha prévia de músicas. O set vai se formando na hora, de acordo com o clima, com a pista e a proposta da festa. O set nunca é o mesmo, tanto em cada festa no Brasil como fora, mas não mudo meu estilo. Digamos que meu set é sempre Rodolfo Bravat, em qualquer parte do mundo. As pessoas mais atentas reconhecem quando é um ou outro DJ na cabine só pelo set. E tocar fora é tão maravilhoso quanto tocar no meu Brasil, as pessoas querem curtir, estão lá para aproveitar a festa com os amigos e é essa intenção que faz cada noite ser mágica.


O que você pensa da cena curitibana? O público de Curitiba é difícil mesmo?
Acredito que há uma pequena mudança de preferências nas músicas de região pra região mas assim como o DJ tem que saber identificar isso pra poder construir um set bem aceito, as pessoas também tem que ter noção de que um DJ de fora trará novidades para oferecer novas experiências para a pista. Essa sintonia é importante. Mas não chega a ser um público difícil, de jeito algum.


Como é conciliar a profissão de dentista e DJ? Existe algo em comum entre elas?
O que existe em comum é a dedicação e responsabilidade, acho que como em qualquer trabalho. Contudo, uma não atrapalha a outra.


Algum momento inesquecível na sua trajetória de discotecagem?  Como foi?
Esses dias, fiz um set de 7 horas no México. Foi meu recorde e foi inesquecível ver a pista animada, dançando e gritando esse tempo todo. Acho que essa vai ficar pra história.


Qual foi o seu maior pesadelo tocando? Algo te irrita quando está se apresentando?
Basicamente é ruim quando coincide de muitas pessoas virem pedir música pois acaba desconcentrando. Não é chato mas atrapalha. O maior pesadelo é quando falha o sistema de som pois o público pensa que o erro é do DJ e isso mancha o trabalho.


Com a internet é  fácil juntar um  vasto repertório e tocar na noite. Todo mundo quer ser DJ. Qual é o diferencial de um bom profissional?
O DJ profissional tem técnica, personalidade, sabe lidar com várias situações como, por exemplo, saber que uma música que funciona em uma festa não vai funcionar em outra, ou até mesmo não vai funcionar no começo ou no final da mesma festa. O que diferencia um DJ de um DJ profissional é saber o que está fazendo. São muitas variáveis e tem que saber o que é adequado pra cada momento. Também não basta tocar várias músicas bacanas, pois tem que haver uma conexão entre uma e outra, senão acaba construindo um set estranho e sem sentido.


Como é o assédio dentro e fora das picapes? Você é muito assediado?
O assédio acaba rolando ou por serem fãs ou por outros motivos. É só não faltarem com respeito que está tudo bem. Às vezes acho até engraçado.


Solteiro ou casado? É possível conciliar um relacionamento amoroso e a profissão de DJ?
Casado. Às vezes o difícil é o horário. Eu trabalho quando meu namorado tem tempo para se divertir. Mas é possível sim, ainda sobram horas pra curtir juntos e meu relacionamento é uma prova disso pois já dura três anos.


Como é o dia-a-dia do Rodolfo?  Qual é o seu passatempo predileto?
Gosto de encontrar os amigos fora da balada também e conversar, ir ao cinema, passear, viajar. É bom fazer um equilíbrio entre baladas e outras diversões. Mas o passatempo predileto é curtir músicas.


O que você ouve em casa ou no seu carro?
É claro que tenho que ouvir o que consigo de novidades para tocar nas pistas mas também escuto o que tiver tocando na FM do carro numa boa. Tem aqueles momentos “light” que a gente só quer ouvir uma música legal e pronto.


Quais são os teus projetos futuros? Produção musical é um fator importante para o DJ?
Procuro crescer cada vez mais como DJ. Esse reconhecimento internacional é prova disso e muita coisa boa já está aparecendo por aí, novos convites. A produção musical dá mais conhecimento relacionado a essa profissão, e ajuda a fazer um trabalho ainda melhor dentro da pista.


CONTATO: booking@braziliandjs.com.br ID 93*17398 SET MIX JUNHO 2000+9 – DANCE! http://www.zshare.net/audio/60693514b3b0b36d/ LINKS: www.rodolfobravat.com.br www.myspace.com/rodolfobravat www.braziliandjs.com.br

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SOBRE O AUTOR

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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