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Conto: Menino do Rio

Redação Lado A 15 de Dezembro, 2009 16h02m

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Quando fui morar com meu irmão no nosso apartamento no Leblon, que há muito tempo estava fechado, logo me deparei com uma turma de skatistas que ficavam parados ali na frente. Um deles me lançou um olhar que parecia perceber que eu era gay, mas isso não me incomodava, pelo menos não no começo.
 
Certo dia, quando eu voltava da caminhada na praia, passei no mercado, e creio ter comprado mais do que conseguia carregar, e foi neste instante que o tal skatistas se aproximou e me abordou perguntando se eu precisava de ajuda. Relutei em aceitar mas não tive opção mediante tanto peso, aceitei, e foi assim que ele me acompanhou  ao nosso apartamento na cobertura.
 
Pedi a ele que deixasse as coisas ali perto da porta mesmo mas ele não se conteve e quis levar até a cozinha. Eu, já preocupado com a presença daquele estranho ali dentro de casa, mesmo notando o quanto bonito ele era, o tamanho do volume que havia entre suas pernas, mesmo naquela bermuda xadrez larga e caída, as panturrilhas grossas e torneadas que faziam meus lábios secarem, e por vezes tinha de umedecê–los com a língua.
 
Quis compensá-lo com algum trocado, e saquei R$30,00 do bolso, os quais ele recusou de súbito, me causando até mesmo certo constrangimento. Desculpei-me, e justifiquei dizendo que só queria ser gentil e ele me disse que havia outras maneiras de ser gentil. Eu disse a ele que não estava entendo, ele me disse que eu estava sim, eu novamente que não e que ele pudesse explicar melhor, foi quando percebi que uma de suas mãos estava a massagear o volume que havia entre suas pernas e que rapidamente ia aumentando.
 
Queria pedir a ele que se retirasse, mas uma vontade maior fez com que eu aguardasse o fim dessa história, percebendo o desejo faiscante de meus olhos, ele sacou um preservativo do bolso e perguntou se eu gostaria de uma “brincadeira”. Eu não soube o que responder, mas disse que não seria o certo, embora vontade não me faltasse, só o questionei que motivo o levava a crer que eu fosse gay? E ele simplesmente disse que a força como o olhei desde a primeira vez na rua, simplesmente me denunciou. Peguei o preservativo e do modo correto coloquei e gratifiquei aquele jovem moreno e sensual que usava um moicano, e com muitas tatuagens perdidas naquele corpo de 1,80m, definido, que minutos depois pude conferir. O que mais me agradou foi quando entre os lençóis de minha cama ele se virou de bruços e aquela bunda firme, linda, redonda e empinada parecia esperar pro algo. Peguei outra camisinha no meu criado-mudo e fiz o que ele esperava que fosse feito. Ele parecia delirar, me sentindo deslizando dentro dele de maneira frenética e por vários minutos. Meu gozo não foi imediato, mas demorado e prazeroso! Ele, para meu espanto, conseguiu ejacular três vezes seguidas, sem perder o tesão. Um gozo espesso e abundante que parecia saciar a minha visão.
 
Depois do prazer, nos despedimos e por várias vezes precisei da ajuda daquele jovem. Nada que tivesse se tornado um relacionamento mas algo que agradava aos dois, principalmente a mim, que sentia um prazer sarcástico ao vê-lo com sua namoradinha. Coisas do Rio de Janeiro.

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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