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O que aconteceu com Hillary Daniels? Polícia quer ajuda para saber o que aconteceu com artista

Redação Lado A 08 de Janeiro, 2010 17h30m

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Festa lotada, duas piscinas, uma tragédia. A pool party, ou festa da piscina, do clã paulistano Ejoy, no Lagoa Iate Clube (LIC), no dia 02 de janeiro, sábado, tinha tudo para ser a grande festa da temporada do réveillon GLS em Florianópolis. Um incidente tirou o brilho daquela noite: o corpo da transformista Hillary Daniels, 26 anos, foi retirado da piscina e levado às pressas para a ambulância no estacionamento do clube e de lá seguiu ao Hospital Universitário onde teria chego sem vida.


Acidentes acontecem e tudo tem a sua primeira vez. As duas frases se confundem no meio da tragédia. Mas para a delegada Michele Correa Rodrigues é preciso descobrir o que aconteceu e ela não descarta a possibilidade de um assassinato ou mesmo de irresponsabilidade dos organizadores. Segundo a delegada, a ambulância contratada não teria médico ou um desfibrilador. Apenas um salva-vidas estaria no local e, para ela, é preciso verificar se o evento era suficientemente seguro.


A polícia ainda investiga o que aconteceu e precisa de mais testemunhas, como o suposto médico que teria feito o atendimento emergencial à vítima ou outra pessoa que tenha presenciado o momento em que Hillary caiu na água. Em exame preliminar da polícia forense, liberados nesta quinta-feira, foi constatado que ela não sofreu contusão, ou seja, não bateu a cabeça ou foi vítima de violência antes de morrer. A causa da morte foi confirmada como asfixia por afogamento. A polícia ainda aguarda o exame toxicológico que deve sair na próxima semana.


O que aconteceu?
Segundo relatos de nossos leitores, Hillary estava com os pés na água, sentada na borda da piscina. Alguns minutos depois, algumas pessoas relataram uma sombra no fundo da piscina maior (que chega a 3m de profundidade). Após o que pode ter chego a cinco minutos, uma menina gritou que era uma pessoa no fundo da piscina e um rapaz, supostamente de Curitiba, se jogou na água e teria emergido com o corpo de Hilary. Hillary foi resgatada e espumava pela boca, uma reação conhecida como cogumelo de espuma, comum em afogamentos. Um médico alto, loiro, que estava na festa, prestou os primeiros socorros até que a equipe da ambulância a levou para o hospital. Ainda segundo nossas testemunhas, muitas pessoas da festa não prestaram atenção à cena, que teria sido rápida.


Se você estava na festa ou foi uma dessas pessoas citadas em nossa reconstituição, favor entrar em contato com a delegada Michele Correa Rodrigues pelo email: 10dpcapital@pc.sc.gov.br

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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