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Audiência Pública em Curitiba marca comemoração do Dia de Combate a Homofobia no PR

Redação Lado A 12 de Maio, 2010 19h28m

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Na manhã desta quarta-feira, dia 12, na capital paranaense, militantes, políticos e funcionários do governo se reuniram no auditório do Ministério Público do Paraná para um evento que marcou o Dia de Combate a Homofobia, comemorado em 17 de maio, e instituído por meio de lei no calendário oficial de Curitiba e do Estado do Paraná. A data marca a importância do fim do preconceito contra gays, lésbicas , travestis e transexuais.


Sob forte frio, o evento começou com atraso e teve a presença de autoridades como as vereadoras de Curitiba: Julieta Reis, Professora Josete e Renata Bueno; da Deputada Estadual Rosane Ferreira; do Procurador geral de Justiça do Paraná – Olympio de Sá Sotto Maior Neto; do representante da Secretaria de Educação do Paraná Wagner Amaral e da vereadora Lirani Maria Franco da Cruz, do município de Fazenda Rio Grande. Após a mesa de abertura formadas pelas autoridades, foi a vez de militantes fazerem um painel sobre o tema Cenário e Perspectivas, onde os militantes Igor Konrath, Carla Amaral, Rafaelly Wiest e do jornalista da Lado A Allan Johan. Pouco mais de 30 pessoas compareceram a audiência.


Durante a mesa de abertura, a Deputada Estadual Rosane Ferreira leu o artigo 1º. da Constituição e lembrou que é dever do estado defender a dignidade humana. Comentou ainda do trabalho do MP do Paraná em combater a corrupção na Assembléia Legislativa do Paraná. A vereadora Lirani ressaltou da dificuldade de se colocar a pauta em debate e que o evento em Curitiba, considerado conservador, deve ser considerado uma vitória. O representante do governo do estado lembrou a evasão escolar por causa do preconceito e informou que a capacitação dos professores para lidar com a Diversidade está sendo feita no estado. Para a vereadora Julieta Reis, “A violência é contra qualquer instinto humano e precisa ser banida”. O Procurador geral de Justiça do Paraná colocou todos os procuradores e promotores do Ministério Público a disposição da comunidade gay e falou: “a intervenção é um dever, não é um favor, é uma obrigação do ofício do procurador público, um dever institucional”. Em conversa com a Lado A, Olympio de Sá Sotto Maior Neto afirmou que o MP pode ser acessado por qualquer cidadão que se sinta discriminado pelo poder público por ser homossexual, este, segundo ele, deve procurar um promotor de justiça de Direitos Constitucionais na sua cidade.


No painel com os militantes, aberto posteriormente para perguntas e comentários, os militantes presentes lembraram o preconceito enfrentado por homossexuais em diversos âmbitos e a ausência de uma legislação que proteja os direitos dos homossexuais que muitas vezes não são garantidos no país. Foi lembrado ainda o alto índice de violência contra os homossexuais e transgêneros no país, em especial no estado do Paraná, que teve no ano passado 25 assassinatos e liderou o ranking brasileiro de crimes homofóbicos. As recentes conquistas também foram lembradas e o evento do próximo dia 19, em Brasília, que fará uma marcha contra a homofobia, para marcar o Dia de Combate a Homofobia.

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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