Bancária do Unibanco é discriminada por gerente no RJ

A bancária Márcia Cristina denunciou no Jornal BancáRio, do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, o banco Itaú Unibanco por homofobia. Na matéria da edição do dia 03 de maio, Márcia conta, ao lado de sua companheira Maria Serpa, o constrangimento que passou nas mãos do gerente da agência do bairro Campo Grande, César Ribeiro, que a demitiu, segundo ela, por ser lésbica.

A demissão ocorreu no dia 26 de abril, mas o constrangimento vinha ocorrendo desde o ano passado, quando o gerente descobriu que sua funcionária mantinha um relacionamento estável com uma mulher e a chamou para conversas em sua sala, onde chegou a perguntar se ela o “homem ou a mulher” da relação.

O gerente chegou a questionar os valores que a funcionária movimentava em sua conta pessoal, que eram acima de seu salário por sua companheira compartilhar a conta para pagarem despesas. Segundo o gerente e a inspetora do banco, a empresa pode acessar as contas dos funcionários, alegaram para Márcia, que teve que se explicar à superintendência da região. Ela acabou demitida por “contenção de despesas” após enviar carta relatando a sua união homossexual para explicar os valores em sua conta.

O Itaú Unibanco também não inclui a parceira de Márcia no plano de saúde da empresa, alegando a falta de documentos.

O sindicato dos bancários da região quer a reintegração da bancária. “Vamos exigir o cancelamento da demissão. Não dá para admitir que o Itaú faça discurso de que possui compromisso social e tenha capatazes que tratam bancários e bancárias desta maneira”, afirmou o diretor do Sindicato Ronald Carvalhosa. E avisou: “Ou reintegra a bancária ou ficará claro que a homofobia deste gerente é uma política institucional da empresa”.

Foto: Jornal BancaRio