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Sex And The City 2 – o filme do ano

Redação Lado A 10 de Junho, 2010 18h35m

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Os fãs da série Sex in the City, nascida do livro homônimo de Candace Bushnell, que entre os anos de 1998 e 2004 foi febre entre as mulheres cosmopolitas, podem conferir desde o dia 28 do mês passado a sequência cinematográfica da obra. O esperado filme Sex in the City 2, que aqui chamamos de filme do ano no título, pode decepcionar alguns mas, com certeza, é um marco para os gays.


O filme começa e mostra como Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker) conheceu suas amigas inseparáveis nos anos 80 ao chegar em Manhattan, em Nova York. Charlotte York (Kristin Davis), Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) e Samantha Jones (Kim Cattrall) formam com Carrie o quarteto mais fashion da tevê e agora do cinema. Foram gastos mais de 18 milhões de reais em roupas para a produção. Mas se o filme começa estonteante com o figurino das moças, fica chocante em seguida e é divertido ver a cara dos namorados héteros presentes ao filme. A primeira parte do filme é toda em volta do casamento de Stanford Blatch (Willie Garson), amigo de Carrie e Anthony Marentino (Mario Cantone) amigo de Charlotte, que resolvem se casar em Connecticut, onde o casamento gay é legalizado desde 2008.


Uma aparição de Liza Minnelli cantando Single Ladies, de Beyoncé, é o ápice da primeira parte. O casamento em si é super gay mas é a discussão sobre fidelidade entre os noivos que choca mais, quando Anthony diz que não será fiel, enquanto Stanford encara o romântico. Piadas e estereótipos marcam qualquer referência aos gays no filme, mas toda a abordagem do tema é interessante, principalmente por defenderem o casamento entre pessoas do mesmo sexo.


A volta do modelo Jason Lewis como Jerry “Smith” Jerrod marca o início da segunda parte do filme. O personagem do modelo agora é um ator de sucesso nas Arábias e apresenta Samantha para um sheik que decide levá-la para o emirado de Abu Dhabi para conhecer um de seus hotéis de alto luxo. Samantha coloca as amigas no esquema e todas vão para lá onde diversas reviravoltas acontecem, como Carrie encontrar um ex e Samantha que tem um surto feminista após ficar sem os seus hormônios e cair nas desgraças da menopausa. Desta vez é o direito das mulheres que toma conta do filme. Um personagem gay também rouba a cena, um dos mordomos do hotel onde ficam é apelidado de Paula, por causa de seu sobrenome Abdul. Mais uma vez o personagem é caricato e ainda reforça o estereótipo, ou a verdade, de que gays sabem mais de moda.


O filme é fraco. O longa parece ter duas partes do seriado juntas, com uma megaprodução. A infantilidade e ingenuidade das personagens às vezes chega a incomodar, tirando a Samantha, é claro, que é uma diva do sexo e adorada por grande parte dos gays. Mas não há dúvidas que o filme é imperdível, só de ver a cara dos preconceituosos a cada manifestação de afeto gay já paga a entrada do cinema.

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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