Médico gera polêmica ao pedir inclusão de parceiro em tradicional clube paulistano

Um dos mais tradicionais clubes de lazer de São Paulo, o Clube Athletico Paulistano, está em meio a uma questão polêmica iniciada há poucos dias. Um dos associados do clube entrou com pedido para que seu parceiro fosse integrado à instituição como seu dependente. A solicitação do sócio, um médico da cidade, teria gerado desconforto entre os conselheiros do clube.

Diante do impasse, os dirigentes pediram que o associado comprovasse que possui o título patrimonial de sócio do clube, uma vez que ele é divorciado. Desta forma, a cúpula do Athletico Paulistano assinalou que havendo a comprovação de que o médico ficou com o título após o divórcio, o ingresso de seu parceiro acarretaria na perda do direito de sua ex-esposa de usufruir das dependências do clube.

Procurados por uma equipe de jornalismo, o Athletico Paulistano não deu mais detalhes sobre o caso. Segundo publicado em uma nota no portal Terra, o clube apenas irá se pronunciar mediante comunicado que será enviado à imprensa na próxima quarta-feira, 1º de setembro. Ainda de acordo com o site, os conselheiros procuraram orientação com um dos associados, um desembargador aposentado que saiu em defesa do casal.

No entanto, o médico requerente do pedido lembrou ainda que se baseia no pedido concedido a um casal lésbico no início do ano.

O caso se assemelha a um ocorrido em Curitiba envolvendo o tradicional Clube Curitibano. Em 2009, um associado do clube entrou com um pedido para que seu parceiro fosse integrante como seu dependente. Em setembro do mesmo ano, o casal homossexual ganhou a primeira briga judicial do caso. Na época, o juiz José Roberto Pinto Júnior, da 8.ª Vara Cível de Curitiba, concedeu tutela antecipatória ao parceiro do associado permitindo que este também pudesse desfrutar das dependências do clube até que o processo seja concluído.