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Militar espanhol gay acusa Forças Armadas de homofobia após expulsão

Redação Lado A 25 de Agosto, 2010 21h40m

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O primeiro militar gay que contraiu matrimônio com seu companheiro no mundo, de Sevilla, na Espanha, foi expulso das forças armadas aéreas do país após ser afastado contra sua vontade. O próprio militar, Alberto Linero Marcheta, foi quem denunciou o fato para a agência de notícias internacionais, a EFE.

O militar está de licença psiquiátrica desde novembro de 2009. Marcheta atribui sua necessidade pelo afastamento da corporação devido a “anos de ameaças, abusos e proposições dentro do exercício”, disse à agência de notícias EFE.

O Ministério da Defesa espanhola anunciou que a expulsão do militar entrará em vigor no dia 1º de setembro de 2010. O soldado considera que sua expulsão é decorrente de “perseguição homofóbica” por parte da corporação. Ele divulgou um comunicado o qual garante que seu afastamento psicológico é indevido, uma vez que ele passou em todos os testes físicos e mentais pouco antes de ser afastado das forças armadas.

Na ocasião, os seus superiores ignoraram o termo médico de aptidão do soldado e pediram que o mesmo passasse por outra avaliação no “Tribunal Médico” de psicologia, o qual também o considerou apto para exercer seu trabalho. No entanto, pelo tempo de ausência para a realização dos exames, o soldado foi submetido a um relatório de afastamento, o qual o acusava de “mau companheirismo” e “baixo desempenho”.

Em setembro de 2006, Marcheta casou-se com o também militar Alberto Sánchez Fernández. A união dos dois é considerada o primeiro casamento entre militares assumidamente gays no mundo.

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