Tradicional clube de São Paulo recusa companheiro gay como sócio

Um dos mais tradicionais clubes de lazer de São Paulo, o Clube Athletico Paulistano, recusou o pedido de um de seus sócios para ingressar seu companheiro ao clube. Segundo o comunicado enviado pelo clube à imprensa, o veto é referente ao fato de o estatuto da instituição não reconhecer casais homossexuais como um casal. Desta forma, o pedido que era feito sob inclusão familiar não poderia ser aceito.

O requente do pedido é o médico paulista, professor da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Tapajós Pereira, de 45 anos. Pereira criticou a atitude do clube ao dizer que o estatuto não aceita mas também não proíbe e que o recurso foi uma escolha da instituição. O diretor de comunicação do Clube Athletico Paulistano, Celso Vergueiro, declarou que o clube apenas segue as leis do Código Civil, o qual não reconhece a união estável entre casais homoafetivos, mas assegurou que caso o código seja alterado, o estatuto do clube também será.

Ricardo mantém relação estável com o cirurgião plástico Mário Warde, de 39 anos. O professor ressaltou que quando foi incluir sua ex-esposa como sócia do clube, a inclusão ocorreu no espaço de tempo de apenas uma semana. “Se meu marido fosse uma mulher, uma semana depois ele estaria aceito”, disse ao portal R7. O médico irá recorrer na Justiça da decisão do clube.