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Psiquiatra de Curitiba afirma que nunca viu casal homossexual feliz e defende tratamento

Redação Lado A 26 de Outubro, 2010 19h55m

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Com o texto “Homossexualidade é Doença?”, o psiquiatra e nutrólogo Luiz Eduado Adnet, carioca radicado em Curitiba, defende em seu site que profissionais da saúde mental deveriam poder tratar pacientes que não estão felizes com a sua sexualidade. Chamada de sexualidade egodistônica, o profissional afirma que o próprio Código Internacional de Doenças descreve o distúrbio e que pode ser tratado.

Em outro texto em seu site, separando homossexualidade (tendência homossexual) de homossexualismo (estilo de vida), o médico afirma que o segundo termo é uma opção de vida, enquanto a homossexualidade não é uma opção em muitos casos. Apesar de sua conclusão, Adnet afirmou em conversa com a Lado A ao ser questionado se a homossexualidade é uma doença: “Não há um consenso na comunidade internacional sobre isso. Não existe esse consenso”. O médico defende ainda que a saída da homossexualidade do rol de doenças da Organização Mundial da Saúde foi por votação, o que demonstra não haver uma conclusão científica. Ao ser perguntado da proibição de tratamento de homossexuais, ele afirmou que a restrição existente é válida apenas aos psicólogos.

Ele afirmou ainda que há homossexuais em sua família e que até hoje não conheceu um casal homossexual feliz, em 23 anos de profissão. Com discurso confuso evocando a manipulação das minorias por forças políticas e misturando conhecimento científico com percepções pessoais, o médico declara que não é homofóbico e questiona até dialeticamente a questão como o caso da palavra “casal” para denominar dois gays.

Para o médico, há casos em que é possível reverter um condicionamento homossexual em um condicionamento heterossexual. “Pelo que tenho observado em minha experiência profissional, pelo que tenho lido, estudado e discutido com outras pessoas (especialistas ou não), o condicionamento sexual (heterossexual ou homossexual, e que em muitos casos, senão na maioria deles, se inicia na adolescência) pode ser mudado de condicionamento homossexual a condicionamento heterossexual, embora este mesmo condicionamento sexual pareça possuir fortes aspectos de irreversibilidade parcial em alguns casos, e isto parece estar relacionado ao tempo em que estes comportamentos condicionados estiveram ativos na vida do indivíduo. Salientando aqui que isto não se constitui em nenhuma regra imutável. Portanto, quanto mais cedo ocorrer o tratamento, maiores as probabilidades de sucesso”. “Se a pessoa tem um comportamento que a faz sofrer, ela tem direito a procurar o tratamento”, afirmou o doutor.


Veja o que o médico afirmou sobre a homossexualidade:

http://dradnet.com/section1/homossexualismo-homossexualidade-solidao.html

http://dradnet.com/section1/homossexualismo-homossexualidade-e-doenca.html

http://medico-psiquiatra.com/principal/homossexualidade.htm

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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