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Protesto em frente à Universidade Mackenzie teve 500 pessoas e um homofóbico preso

Redação Lado A 25 de Novembro, 2010 16h09m

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Com cartazes e palavras de ordem, mais de 500 alunos e militantes gay participaram nesta quarta-feira de um protesto contra as declarações feitas pelo chanceler da Universidade Mackenzie contra a lei que quer criminalizar a homofobia. No texto, retirado do site da instituição, foi reproduzida a carta “Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia”, assinado pelo chanceler Augustus Nicodemus Gomes Lopes, é dito que os alunos deveriam se guiar pelo documento retirado de uma convenção da Igreja Presbiteriana, mantenedora do Mackenzie.


A manifestação marcada pela internet começou no fim da tarde e seguiu até as 21h na sede central da Universidade, no bairro nobre de Higienópolis. Moradores de um prédio lançaram ovos contra os manifestantes, atingindo um homem e uma mulher que participavam do protesto. Apitos, megafones e drag queens marcaram o ato que foi tenso mas sem grandes incidentes. Um homem foi preso após rasgar uma bandeira do arco-íris e tentar agredir participantes do protesto. Os manifestantes marcharam até a Avenida Paulista, local onde ocorreu uma série de agressões no último fim de semana, cometida por cinco jovens, quatro deles menores de idade. A Polícia Militar e guardas do departamento de trânsito acompanharam todo a manifestação.


Em nota, a assessoria do Mackenzie afirmou que a entidade respeita o direito de expressão de todos os cidadãos e reconhece o direito de manifestação pacífica. Um professor da entidade tentou convocar uma manifestação contrária, apoiando o chanceler, no mesmo horário mas foi dissuadido a evitar o confronto. “Hoje consolidada como uma das instituições de ensino mais conceituadas do país, a Universidade Presbiteriana Mackenzie, que possui cerca de 40 mil alunos e 3 mil funcionários, sempre prezou pelo respeito à diversidade e pelo direito de liberdade de consciência e de expressão religiosa”, afirmou a instituição.


Através dos portões da instituição, manifestantes e alunos trocaram insultos. Confira no vídeo tenso:


 




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