Banheiro para gays em quadra de escola de samba carioca causa polêmica

A escola de samba carioca Unidos da Tijuca inaugurou no sábado a sua nova quadra de ensaios com um banheiro para o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) e reacendeu uma polêmica que acompanha o samba desde 2006, quando a escola Viradouro, de Niterói, criou um banheiro para travestis. Há cinco anos, a escola da Tijuca possuiu uma ala destinada aos gays em seus desfiles, apelidada de Ursos. Apesar da alta freqüência de homossexuais, parece que a escola sempre consegue separar os gays dos outros participantes.

“É um apartheid carnavalesco. Se a intenção era incluir ou proteger os LGBT de preconceitos, tenham certeza de que ela exclui, estigmatiza, extrapola o bom senso e estimula a homofobia afirmou Cláudio Nascimento, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT do Rio e coordenador do Programa Rio sem Homofobia e superintendente de Direitos Individuais Coletivos e Difusos da Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.

“Os transexuais se sentem discriminados. O uso desse banheiro não é uma obrigação, e sim mais uma opção. O metrô, por exemplo, tem um vagão só para mulheres, mas isso não quer dizer que elas não possam viajar nos outros”, afirmou Bruno Tenório, coordenador de comunicação social da Unidos da Tijuca para um jornal carioca. Apesar da polêmica, há aqueles que apóiam e os que são contrários à idéia.