Insensato Coração terá agressão homofóbica e novo personagem se revelando gay nas próximas semanas

O personagem Eduardo (Rodrigo Andrade), filho da comerciante Sueli (Louise Cardoso), que tem um quiosque gay na praia, será pressionado no capítulo desta terça-feira na novela Insensato Coração, da Globo pela mãe, que dirá ao filho que não sente que ele está apaixonado por sua namorada, Paula (Tainá Müller). O rapaz, que é um gato, sairá do armário na trama daqui a duas semanas. A previsão é que aconteça no dia 6 de junho. Ele confessará para a personal Alice (Paloma Bernardi) que gosta de homens durante uma conversa na cozinha. Antes um dos gays da trama vai parar no hospital, vítima de um ataque homofóbico. O rapaz agredido tem medo de denunciar e o episódio promete mostrar a realidade da violência contra homossexuais.

A saída do armário de Eduardo será para Alice. Chateado, Eduardo diz que não está sendo honesto e a amiga pergunta se ele está traindo a namorada. Após a insitência de Alice, Eduardo solta: “Eu acho que sinto atração por outros caras”. A personal reage com leve surpresa e escuta o amigo confessar: “Já faz um tempo que rola, acho que sempre rolou. Primeiro, achei que eu era novo, podia tar misturando tudo. Depois, que ainda não tinha aparecido a garota certa… Achei que se eu tentasse não pensar nisso”, diz o moço.

Depois de discutirem se é isso mesmo o que ele sente, a amiga aconselha a ele terminar com a namorada e se assumir, mesmo sendo difícil. “Barra, mesmo, é fingir ser quem você não é. Ser gay, no século XXI, não pode ser mais um grande drama. Sua mãe vai aceitar, ela tem uma cabeça legal, você não vai ter problema no trabalho. Se você for mesmo gay, cara, não tem por que ter medo de ser feliz”.

Já agressão teve cena gravada e será também contada por Xicão no quiosque e todos se envolvem. Nelson, que é advogado, instrui a denunciar pois as estatísticas ajudam a pressionar os governantes. O capítulo lembrará os 260 assassinatos de homossexuais no Brasil em 2010, como argumento de Xicão para exemplificar a violência homofóbica. Tudo isso no mês do orgulho gay, que promete acender ainda mais as discussões pela lei que criminaliza a homofobia e o reconhecimento das uniões entre pessoas do mesmo sexo.