Deputado Jean Wyllys quer que panfleto misterioso contra Escola sem Homofobia seja investigado

Na semana passada, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) apresentou um requerimento à Presidência da Câmara dos Deputados, pedindo investigação de um panfleto contra o programa Escola Sem Homofobia seja investigado. O material não é assinado e cita a Bíblia contra os homossexuais e difama o programa do Ministério da Educação contra a homofobia nas escolas que se encontra suspenso por ordem da presidente Dilma, após pressão da bancada evangélica.

O material vêm sendo distribuído nos corredores, plenários e gabinetes do Congresso Nacional e, segundo o deputado, o panfleto é criminoso e seu(s) autor(es) deve(m) deve(m) responder pelas suas ações: “Se estivessem distribuindo um material pregando o ódio e a violência contra os negros ou as mulheres, este material seria imediatamente investigado, agora por ser um discurso contra um tema que goza do aceite social, não haverá retaliação?”, indaga o deputado.

“O procedimento neste caso não pode, e nem deve, ser diferente. Isso é um a afronta aos Direitos Humanos dos homossexuais”. O texto contém discurso religioso e incita a violência, usando o Versículo Marcos 9:42, que diz: “Mas todo o que fizer cair no pecado a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que uma pedra de moinho lhe fosse posta ao pescoço e o lançassem ao mar!”, para convencer os leitores de que a homossexualidade é pecado e deve ser punida com violência.

O texto, que não está assinado, alega que a família brasileira está sendo ameaçada através dos vídeos do kit anti-homofobia, que “contém mensagens subliminares para as nossas crianças, induzindo-as a [sic] homossexualidade”. O panfleto também afirma que o segundo passo dos homossexuais é a pedofilia.Segundo a diretoria geral da Câmara dos Deputados, será iniciado processo de investigação pela Polícia Legislativa para identificar os autores do material, e, caso haja uma ligação de parlamentares com o panfleto, um inquérito será aberto.