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Rapaz gay relata horrores que passou em sessão de cura nos EUA

Redação Lado A 07 de Outubro, 2011 18h11m

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Samuel Brinton, 23 anos, estudante de engenharia do MIT, Massachussets Institute of Technology, contou ao pai aos 12 anos que sentia atrações pelo melhor amigo. Filho de um pastor da Igreja Batista, ele foi obrigado a negar que era homossexual depois de sessões de tortura movidas a orações, e viveu uma vida dupla para não perder o apoio dos pais. Hoje, ele conta que foi renegado pela família e o que passou.

Durante a terapia de conversão, eram aplicadas diversas torturas, enquanto um vídeo exibia cenas de dois homens fazendo sexo. Tudo para, segundo a teoria, o cérebro de Brinton correspondesse a dor com o sexo homossexual. Suas mãos eram queimada e depois colocadas no gelo, agulhas espetavam sob suas unhas, choques incessantes eram dados do garoto. O rapaz cedeu ao ver que os pais não o aceitariam e passou a dizer que estava “curado”. Em um dos momentos dramáticos de sua vida, chegou a subir ao telhado de sua casa e ameaçou se matar. Desceu de lá optando por viver, quando sua mãe disse “Eu vou te amar de novo, mas só se você mudar.”

Outra tática usada era que ele seria o último gay do mundo, pois o governo teria matdo todos os outros e ele precisava não ser gay para não ser morto. Terrorismo psicológico puro. O rapaz conta que apanhou diversas vezes do pai e que chegou a ser hospitalizado por causa das surras que levava chegou a perder sua fé. Sua história foi mostrada em uma série de entrevistas sobre como vivem gays, lésbicas e transexuais nos EUA, do projeto I´m from Draftwood (Eu vim de Driftwood – na mitologia antiga alemã, a origem do homema se deu em pedaços de madeira no mar, ou Driftwood). O projeto está coletando depoimentos de LGBTs em todos os EUA e traçando um perfil de como é ser gay no país.

Assista o depoimento de Brinton:

Conheça o projeto I´m from Draftwood: http://www.imfromdriftwood.com

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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