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O nosso (não tão) fabuloso destino amoroso

Redação Lado A 14 de Dezembro, 2011 16h49m

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Outro dia, comentei com uma amiga, solteira como eu, o quão difícil está encontrar alguém que realmente valha a pena a fim de, talvez, porém, contudo, entretanto, todavia, possivelmente, ter um relacionamento sério.

Funciona assim: Conheceu um moço; saiu uma primeira vez; ficou interessado (a) nele? Não demonstre. Não mande mensagem, não telefone, não curta o que ele posta no Facebook, nem o cutuque por lá. Também não dê RT nos Tweets dele. Somente corresponda se ele entrar em contato primeiro, mas, faça isso COM MODERAÇÃO. Agora, mandar corrente de santo ou piadinhas por e-mail, pode. Contanto que ele esteja numa lista de mais 800 outros e-mails pros quais você está mandando a tal corrente virtual.

Hoje, algumas pessoas vivem relacionamentos de 24 horas (até de 12 horas). Os pombinhos se conhecem de noite na balada, dormem juntos de manhã, tomam o café da manhã e antes da hora do almoço está tudo terminado entre eles. Tão intenso e tão superficial…
Pela minha conclusão, o homem funciona assim: estou a fim de fazer sexo? Posso fazer com minha mão ou com você. Estou a fim de Ir ao cinema / teatro / show / balada / futebol / praça / mercado / botequim? Posso fazer sozinho ou com algum amigo.

O que fazíamos somente com namorados (as), hoje fazemos sozinhos ou com amigos. E quando estamos cansados de fazer sexo com nossas próprias mãos, vamos atrás de um corpo para saciar o desejo momentâneo.

Qual o grande problema nisso tudo? Vejo dois:

1) As pessoas geralmente são sinceras demais e te tratam como um pedaço de carne porque querem somente sexo ou te tratam demasiado bem apenas para conseguir tirar tuas roupas e transar contigo, mas te deixam a ver navios logo em seguida.

2) As pessoas estão cada vez mais trabalhadas no individualismo e sentem que não precisam enfrentar todo o trampo que existe nos relacionamentos.

Resumindo: Você, minha amiga e eu, que somos românticos e ainda esperamos um dia arrumar alguém para dividir momentos felizes, com direito a beijos na boca, carinhos íntimos e tudo o mais que não fazemos com nossos amigos, temos 3 opções:

1) Aprendemos a mentir e a disfarçar o interesse que temos por um possível candidato a futuro marido. (PISA QUE ELE GOSTA).

2) Conformamo-nos em fazer parte do todo: fazemos tudo sozinhos, com exceção de sexo acompanhado de outro corpo ocasionalmente. (O QUE NÃO É RUIM, MAS TAMBÉM NÃO É 100% BOM).

3) Em última instância, a gente apela e pede para o Santo Antônio, pelo menos, nos cegar para os defeitos dos pretendentes que surgirem em 2012 para que sejamos felizes e menos exigentes com o único doido que quis algo sério conosco neste mundo complicado em que vivemos. (E QUE VENHA 2012, NÉ GENTE?).

Visite o blog no qual o Leandro escreve: www.doqueosgaysgostam.com

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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