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Pelos poderes do Grindr

Redação Lado A 30 de Janeiro, 2012 16h37m

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Recentemente, várias fotos nuas de estrelas Hollywoodianas foram hackeadas pararam na internet. Pensou: “pena que não foram a dos astros do cinema”? Estamos quase lá! Semana passada um hacker invadiu o perfil de um usuário do Grindr e subiu fotos, além de pegar todas as informações pessoais dele.

Para quem vive no mundo da Lua, ou melhor, na época das cavernas, o Grindr (lê-se grainder) é um aplicativo para celulares que faz uso da localização geográfica e, assim, permite aos usuários contato com outros gays nas proximidades, através de um bate-papo, envio de fotos e, inclusive, de um mapa que localiza onde o usuário se encontra atualmente.

Essa ferramenta virtual foi criada pelo americano Joel Simkhal, de 33 anos, depois dele “ficar frustrado com os sites de namoro, que não levavam em conta a localização das pessoas.”.
A intenção pode até ter sido a de ajudar homens a desencalharem, mas sabemos que, atualmente, esse app é usado, na maior parte do tempo, para encontros sexuais que duram algumas horas e nada mais.

Segundo Simkhal, o Grindr já tem mais de 3 milhões de usuários em 180 países. Mais de 10.000 deles no Brasil. Um total de 242,5 mil pessoas se conectam, em média, oito vezes ao dia e gastam cerca de duas horas no aplicativo.

Simkhal afirma ainda que o Brasil começou a usar o aplicativo de uma forma mais lenta do que os outros países. Em número de usuários por país, em primeiro lugar estão os Estados Unidos (488 mil), seguidos pelo Reino Unido (159,5 mil) e pela Austrália (108,2 mil). As cidades que mais acessam são Londres (62 mil usuários), Nova York (47,5 mil) e Los Angeles, onde fica a sede da empresa, com 30,3 mil.

Pessoalmente, acho esse aplicativo o inferno na terra. Claro que cada um sabe de sí, mas é um saco perceber que, por exemplo, quando estamos numa balada, competimos com os gays presentes e, com os gays da redondeza, pela atenção dos boys magia. Outro dia mesmo, tava beijando um carinha que me deixou para ir beijar outro, que foi localizado por esse aplicativo dos infernos.

Para se conectar ao Grindr é preciso usar o iPhone, o iPod Touch, iPad Wi-Fi, Android, e o BlackBerry (BB). Sendo que para o BB o serviço é gratuito por apenas sete dias, e é uma porcaria. Sim, já utilizei e quase morri de ódio por uma semana, de tanto que travava.
Acha que estou reclamando demais? A tendência é sempre piorar! A equipe do Grindr afirma estar trabalhando em uma versão para lésbicas (o Qrushre) e uma outra para heterossexuais já foi lançada, o Blendr. Ou seja, logo menos todo mundo estará sentido na pele (alguns literalmente) o efeito Grindr. Que tenhamos força para manter nossos paqueras interessados na gente, antes que ele se interesse em usar esse tal  localizador geográfico.

Conheça o blog em que o Leandro escreve: www.doqueosgaysgostam.com

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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