Jogador Michael se diz orgulhoso de combater a homofobia mas afirma não conhecer outros gays

No ano passado, o meio de rede Michael, da equipe Vôlei Futuro, fez a sua jogada mais bem sucedida e marcou um ponto contra o preconceito. Após ser xingado pela torcida adversária do time do Cruzeiro ao som de bicha e gay, entre outras palavras, em maio, ele decidiu sair do armário e disse em alto em bom som: sou gay e me senti humilhadoo. Ele consegui o apoio do seu time e de colegas da equipe, no jogo de volta da semifinal do campeonato brasileiro do esporte, até a torcida vestiu as cores do arco-íris. Apesar da derrota no torneio, uma história do voleibol brasileiro foi escrita, e ali vemos o dia que o esporte predileto da comunidade gay – segundo enquete da Lado A – disse não à intolerância.

Hoje, o jogador avalia o episódio e mais uma vez desabafa: nunca namorou. “Aonde vou, todos falam que adoraram minha atitude. Isso realmente contribuiu para dar um passo muito grande para que isso não aconteça mais, pois isso pode machucar alguém. Acho que as pessoas vão pensar antes de agir dessa forma. O esporte em geral é muito machista. Isso contribui para as pessoas pararem e pensarem sobre esse tipo de torcida”, contou, orgulhoso, o jogador ao site Bol. O jogador afirmou ainda que nunca namorou ou conheceu outro gay nos esportes. Ele contou ainda que tem medo de sofrer preconceito, e que por isso sempre foi “discreto”. “Até por ser gay e ter medo de alguma retaliação, sempre mantive minha vida particular muito minha. Tem gente que se esconde. Não que eu esteja discriminando quem se esconde”, contou o jogador sobre não conhecer outros gays em seu ambiente de trabalho.