Nesta terça-feira, a guarda presidencial teve dificuldades para conter Edmeire Celestino da Silva, 29 anos, que por duas vezes tentou invadir as dependências do Palácio do Planalto, local onde está localizado o gabinete da presidente Dilma Rousseff e a Casa Civil. Na primeira tentativa, ela foi impedida por seguranças antes de atingir a rampa principal. Dois tiros de festim foram disparados quando a mulher, até então identificada como homem, voltou a correr em direção ao palácio. Desta vez ela foi imobilizada, depois de trocar socos com um dos seguranças.
Ao ser levada, Edmeire se identificou como marido da presidenta. “Sou marido da Dilma Vana Rousseff. Sou esposo dela”, disse. “Você quer casar comigo, meu amor?”. “Eu queria sequestrar ela, ela é meu coração”, teria gritado a mulher. O caso foi noticiado, inclusive no exterior, como um homem bêbado que invadiu a área de segurança para se declarar à presidente. A surpresa veio apenas de noite, no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília, quando se tomou conhecimento do gênero da pessoa detida.
A história ficou mais polêmica ainda quando a moça foi identificada por parentes que confirmaram que há dois anos ela nutre uma veneração pela presidente. Moradora de Campinas, a moça foi diagnosticada com bipolaridade e já passou por tratamento psiquiátrico. Na semana passada ela teria dito que ia para o desfile de 7 de Setembro visitar a presidenta, a quem chama de amor. No quarto de Edmeire, em Campinas, há diversas fotos de publicidade da presidenta penduradas pelo cômodo.
A polícia irá fazer um termo circunstanciado da ocorrência e liberar a mulher que responderá em liberdade por perturbação ao sossego.
