No dia 16 de Dezembro, uma mulher lésbica que preferiu não expor a sua identidade, denunciou que foi agredida por um grupo de desconhecidos, em companhia de suas amigas, que também foram agredidas, quando deixavam o tradicional Clube Caixeiral e Coroas, no Centro de Erechim, Rio Grande do Sul. A comerciante recebeu socos e pontapés e teve ainda o rosto e a cabeça chutadas e pisoteadas.
Os seguranças do local não interferiram na agressão e a polícia, chamada ao local, não compareceu. Um motorista que passava pelo local levou a vítima até o hospital, onde a mesma ficou internada em observação em razão dos golpes sofridos na cabeça. Carla, nome fictício, afirma que foi mal atendida na delegacia convencional e que então fez a denúncia na Delegacia da Mulher da cidade. O caso é acompanhado pelo Coletivo LGBT de Erechim, que denunciou o ataque e prestou atendimento a vítima com apoio e orientação.
“Para nós do Coletivo LGBT de Erechim o caso de Carla deve servir para que todas as lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) da região comecem a se organizar e mobilizar. Carla teve a coragem de levar adiante seu caso indo até a polícia, embora saiba que muito pouco pode esperar do poder público. Nos colocamos à disposição para prestar apoio e solidariedade no que estiver ao nosso alcance”, escreveu o grupo em mensagem no Facebook.
“Queremos fazer deste caso um exemplo para a cidade e a região. Estamos acompanhando junto à delegacia da mulher, e pressionando as autoridades a tratarem com seriedade essa agressão para que não morra nos empoeirados arquivos policiais. E queremos alertar a todos os LGBTs que é preciso que estejamos organizados e atentos, pois casos como este (e tantos outros) deixam claro que o poder público e suas autoridades não podem oferecer a segurança de que precisamos”, manifestou o grupo na mesma carta publicada na internet que pede a criminalização da homofobia.
