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Parada Gay do Rio reúne 1 milhão de pessoas e teve até protesto homofóbico de evangélicos

Redação Lado A 15 de Outubro, 2013 17h22m

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Com professores, mascarados, pupurina, famosos, políticos, e o tema “Somos milhões de vozes”, este ano a 18.ª Parada Gay do Rio foi diferente. A multidão percorreu este Domingo a orla mais famosa do mundo, na Praia de Copacabana, com guerra de purpurina do Pink Bloc, homens mascarados que cobriram o rosto (o que é proibido em manifestações na cidade) com panos rosas e jogavam glitter uns nos outros, no apelidado movimento “glitter vandalismo”. O grupo se beijou, pediu mais politização da parada e ainda protestou contra a lei que bane a propaganda gay na Rússia para menores.

A transexual Jane di Castro cantou o Hino Nacional. O presidente do Grupo Arco-Íris Julio Moreira, que organiza oficialmente o evento, abriu a parada: “Este é um ato político, pois esta é a maior manifestação do Brasil. E vamos continuar lutando, pois é através do amor que ganhamos a liberdade”. A manifestação teve 13 trios elétricos que reuniam gays famosos, militantes e personalidades cariocas. Na abertura, um beijaço marcava o tom de protesto contra a homofobia. “Temos de nos unir nesta luta e mostrar que é tolerância zero. Ninguém precisa ser gay para lutar contra a homofobia. Todos podem e devem lutar”, declarou o coordenador de Diversidade Sexual da prefeitura do Rio, o estilista Carlos Tufvesson. Celebridades como a atriz Leandra Leal e o deputado Jean Wyllys participaram da manifestação.

Próximo ao Copacabana Palace, um grupo de evangélicos com cartazes contra os gays foi dispersado pela polícia. Um dos cartazes dizia: “Fornicadores e homossexuais: o inferno os espera”.  A multidão ameaçava partir para cima dos evangélicos, mas foi contida pelo bom senso da polícia noticiou o jornal Estadão, que entrevistou ainda o missionário norte americano responsável pelo protesto.

Segundo a polícia, 300 mil pessoas participaram do evento, a organização estima em 1 milhão de pessoas os participantes. Barracas especialmente montadas pela prefeitura distribuiam materiais de prevenção, direitos e faziam atendimentos, conscientizando a população da importantância de denunciar toda forma de preconceito.
 

 
Redação Lado A

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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