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Taxista homofóbico: Curitibano relata momentos de pânico em Curitiba

Redação Lado A 07 de Outubro, 2013 17h08m

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Na última sexta-feira, o comissário de bordo Antônio Rangel, 31, seu companheiro e mais um amigo tiveram momentos de estresse fortes em um táxi na capital paranaense. Habituado a andar de táxi em diversas capitais brasileiras, o curitibano conta que estranhou o serviço do carro 1438 quando o motorista, ainda não identificado, informou que desconhecia onde eram as Ruínas de São Francisco, no Largo da Ordem, ponto turístico de Curitiba. Ele pegou o táxi na Avenida do Batel, seguiu até o Bar Code onde deixou o amigo e seguiu para sua residência.

Sem GPS, o motorista seguiu ao destino ao ser informado sobre pontos de referência, já mostrando irritação com os passageiros. Em dado momento, ao avistar gays na rua, xingou os rapazes do lado de fora: “Viados, esse lixo!”. Rangel não soube dizer se o taxista percebeu que ele e seu namorado estavam de mãos dadas no banco de trás. Impaciente, os passageiros relataram ainda que o motorista desenvolveu com o veículo velocidade perigosa, acima dos 100 km/h e furou diversos sinais. Eles ficaram com medo durante o trajeto, pois o desconhecido parecia irritado.

“Como um taxista não tem GPS? Como uma pessoa que trabalha com o público pode ter qualquer tipo de preconceito? Como uma pessoa que tem como profissão dirigir pela cidade não sabe respeitar limites de velocidade, semáforos e o principal, a vida dos passageiros que ele transporta?”, indagou Rangel em seu relato no Facebook, depois de informar que ligou para a cooperativa de taxi relatando o ocorrido. A empresa ficou de retornar em 24h a ligação. Ele ainda pretende reclamar na URBS, entidade que regulamenta os taxis na capital paranaense e ao disque 100, Direitos Humanos, para relatar a homofobia qual presenciou.

Para a Lado A, a Rádio Taxi Capital informou que já identificou o motorista e que estará fazendo ainda hoje uma averiguação do caso e responderá ao passageiro sobre as providências que serão tomadas.

Veja o relato original:
 

“Ontem voltando pra casa da balada, de táxi (lei seca = carro em casa), pegamos um taxista que não sabia onde ficam as ruínas de São Francisco, que faz parte do centro histórico de Curitiba, era lá onde um dos nossos amigos desembarcaria, o mesmo também não possuía GPS no veículo e também não teve a mínima vontade de nos perguntar se saberíamos lhe ensinar o caminho. Durante o trajeto passamos por alguns gays na rua e o taxista com um tom agressivo disse: VIADOS, esse lixo! Detalhe que eu e meu namorado estávamos de mãos dadas no banco de trás. O cara bem impaciente, atingiu 100km/h algumas vezes, fora os semáforos vermelhos, dos quais ele não parou em nenhum, isso quando reduziu a velocidade pra cruzar os mesmos.
 
Chegamos em casa e obviamente que no mesmo instante ligamos para a cooperativa à qual ele pertencia e relatamos o ocorrido.
Eu me pergunto:
 
Como um taxista não tem GPS? 
 
Como uma pessoa que trabalha com o público pode ter qualquer tipo de preconceito?
 
Como uma pessoa que tem como profissão dirigir pela cidade não sabe respeitar limites de velocidade, semáforos e o principal, a vida dos passageiros que ele transporta?”

 

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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