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Geração Brasil tem misteriosa e forte transexual Dorothy Benson

Redação Lado A 08 de Maio, 2014 15h34m

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O ator Luís Miranda dá vida à transexual Dorothy Benson em “Geração Brasil”, nova novela das 19h que estreou na Globo esta semana. Escrita por Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, a trama mistura modernidade com o fenômeno de volta de brasileiros que moravam nos EUA. Dorothy é fina, rica, transita livremente na família Parker-Marra, protagonista da série, e suas origens são ainda misteriosas.

Mãe de Brian (Lázaro Ramos), a transexual é casada com a jogadora de basquete Wilhemina Benson. Depois do nascimento do filho, os dois mudam de sexo. Ou seja, Wilhemina virou homem e deve entrar na série em breve. Ainda não se sabe muito porém sobre o personagem. Para o jornal “O Globo”, Luís Miranda afirmou que buscou referências para a sua personagem no movimento transexual. A razão da mudança de sexo será revelada com o tempo na trama. A caracterização da madrinha de Pamela Parker (Cláudia Abreu) leva mais de uma hora e meia para ficar pronta. “É uma mulher real, sem essa questão do travestismo. Ela busca uma identidade feminina, tem uma mente feminina. É mãe, mulher, socialite e milionária”, afirmou o ator.

Michelle Obama, a primeira dama dos EUA, é outra inspiração para o papel. “Não tem o apelo da prostituição. Ela venceu na vida e tem como meta criar o filho e ser um espelho da Michelle Obama. É uma mulher bem normal, sem nenhum exagero, maquiagem simples. A gente trabalhou a possibilidade de tirar os trejeitos de travesti, de exagero. É uma mulher elegantemente simples. Uso um pouco de salto alto e um pouco de baixo porque já tenho uma estatura legal. Ela tem vestido, tailleur e roupas finas buscando a simplicidade. Quando ela vem para o Brasil, usa modelos mais tropicais, como a Michelle quando veio” contou o ator.
 
Dorothy Benson tem corpo masculinizado, voz masculina mas clara alma feminina e amor aos filhos. Apesar do tom cômico natural do ator baiano, a personagem é de caráter forte e não veio para agradar pelo estereótipo ou humor. O protagonismo da personagem “vim, vi e venci” é uma face interessante na construção de uma sociedade igualitária, no qual se inverte o preconceito e que os incomodados que se retirem. “O dinheiro cala as bocas”, diz o ator, que afirma que a sua personagem não sabe o que é preconceito e não está nem aí para a opinião dos outros.

 

 
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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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