Redação Lado A | 11 de Julho, 2014 | 19h34m |
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O tratamento novo é a combinação de dois medicamentos que vem apresentado sucesso na diminuição da transmissão do HIV. A declaração é acompanhada de ressalvas, que pessoas em relacionamentos monogâmicos não precisariam tomar, ou as que usam preservativo sempre, e ainda dados de que homossexuais tem 19 vezes mais risco de se infectar com o HIV do que a população em geral, leia-se heterossexuais.
Com todo o cuidado o documento tenta, mas não consegue, sensibilizar governantes sobre os impactos sociais que aumentam este risco, como o homofobia e falta de acesso à saúde, porém a recomendação, e principalmente como a mídia a anunciou, reforça o estereótipo do gay promíscuo. Para estes, e ainda profissionais do sexo, prisioneiros, transexuais e usuários de drogas injetáveis, o uso do antirretroviral de forma contínua poderia diminuir as taxas de transmissão em até 25% nos próximos 10 anos, revela o documento, o que poderia chegar a um milhão de novos casos evitados. Estes grupos, junto aos homossexuais, representam 50% das novas infecções da doença.
Nos últimos 12 anos, com a inclusão do tratamento contínuo para pessoas soropositivas, muitas vezes financiadas por governos, antes o coquetel era indicado apenas para pessoas doentes de Aids, diminuiu em um terço o número de novos casos. Este mês, a Conferência Internacional sobre Aids, em Melbourne, na Austrália, deve discutir melhor a recomendação polêmica. Em 2012, o Brasil se manifestou contra a indicação que já ganhava peso nos EUA, pois não haviam estudos suficientes para embasar a sugestão, porém desta vez o Brasil assina a recomendação por meio do coordenador do programa de Hiv/Aids.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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