Bigode da homofobia

O candidato à presidência Levy Fidelix (PRTB) não pediu desculpas aos LGBTs no debate na Globo. Ele foi notificado pela Procuradoria Geral da República (PGR) e deve se explicar em 24h, por escrito. Mas o fato de ele não ter se desculpado depois do debate de domingo na Record, onde proferiu palavras de ódio, preocupa o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O candidato reagiu de forma feroz quando foi acusado de homofobia, e disse que apenas fez defesa de seu ponto de vista. Que decida a Justiça.

O MP também recebeu milhares de denúncias. A PGR instaurou um inquérito a pedido da Comissão Especial de Diversidade Sexual do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nesta quarta-feira. “Ser contra homossexuais, ou contra a união entre eles, é uma opinião protegida pelo direito à liberdade de expressão”, porém, um “convite à intolerância e à discriminação, permitindo, em princípio, sua caracterização como discurso mobilizador de ódio”, afirmou o procurador em nota para a imprensa. O candidato ainda enfrenta quatro pedidos no Tribunal Superior Eleitoral, TSE, três de multas e um que pede o cancelamento se sua candidatura. Os pedidos devem ser julgados nesta sexta-feira.