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Globo muda destino de personagens gays de Babilônia e joga professor de volta ao armário

Redação Lado A 07 de Maio, 2015 18h44m

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Depois de forte reclamações dos evangélicos ao casamento e cenas de amor entre as idosas Teresa e Estela (Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg), a Rede Globo reavaliou a trama de Babilônia, que ainda não decolou na audiência, e decidiu que o treinador de saltos ornamentais e ex atleta olímpico Carlos Alberto (Marcos Pasquim) não vai sair do armário. O treinador iria viver um romance com o gato Ivan (Marcello Melo) mas agora o homem pai de um homofóbico irá revelar se sentir culpado de matar a ex mulher que nunca apareceu na trama em um acidente de trânsito.

A cena que deveria ir ao esta semana em que ele confessava seus desejos gays a uma amiga enquanto estava bêbado não foi e nem mais irá ao ar. Nela ele diria: “Eu acho que eu sou gay. No começo, nem sabia direito, acho que eu era muito novo pra entender. Eu sempre tive curiosidade, atração, mas não podia! Eu era atleta, todo o mundo treinava junto e viajava. Pra ninguém desconfiar, eu fingia e disfarçava. Eu fui campeão olímpico, famoso, imagina se todos soubessem? Ia ser um escândalo! Você não sabe como eu fiquei aliviado quando conheci uma mulher que eu gostei, aí casei logo e tive filho. O mundo era diferente naquela época! Agora, não que seja fácil, mas as pessoas aceitam mais”.

Agora Carlos irá socorrer uma jovem e precisará dirigir um carro, ele entrará em pânico ao recordar o passado em que causou um acidente que matou sua ex mulher. “Eu quero que você saiba. Foi um acidente horrível, eu estava dirigindo. Minha mulher morreu, a culpa foi minha, eu nunca vou me perdoar”, e este será o motivo do homem nunca ter se envolvido com outras mulheres…

Pelo visto a emissora fez pesquisas e reavaliou o personagem que foi censurado. Um retrocesso enorme que a teledramaturgia sofre ao ceder aos números da audiência preconceituosa ao invés de fazer arte e respeitar a história programada pelos autores.

 
Redação Lado A

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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