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Tudo o que você precisa saber sobre reprodução assistida para casais homossexuais

Redação Lado A 14 de Janeiro, 2016 13h05m

As clínicas que trabalham com fertilização e reprodução assistida notaram um grande aumento na procura por casais gays e lésbicos para fazer o tratamento e conceber filhos. Isso se deve graças a dois motivos: em 2011, o Supremo Tribunal Federal garantiu a união estável entre casais homossexuais, já em 2013, o Conselho Federal de Medicina ofereceu a opção desses casais buscarem a ajuda da reprodução assistida por meio de uma resolução.
 
Os valores do procedimento giram em torno de R$ 12 mil a 18 mil, enquanto o período de tempo é bastante variável, uma vez que depende da resposta ovariana de cada mulher, seja do casal lésbico, seja da mulher que vai gerar o bebê de um casal gay. Entenda como funciona o procedimento em cada um dos casos:
 
Casais gays
O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e especialista em reprodução feminina, Dr. João Sabino da Cunha Filho, explica que no caso de dois homens, a legislação obriga o uso da técnica da fertilização in vitro, o óvulo precisa ser de uma doadora desconhecida e a gestação deve acontecer no útero de uma mulher da família de um dos dois pertencentes a relação. A barriga de aluguel é proibida no país, mas pode haver a barriga solidária, quando uma parente se propoe a gerar a criança, sem receber nada por isso.
 
Primeiro acontece a retirada do óvulo da doadora, que é fertilizado fora e o embrião é, só então, transferido para o útero. No caso de quem irá gerar, Sabino pontua: “deve sempre haver a aprovação do Conselho Federal de Medicina. Em outros países há mais possibilidades, pois se pode pagar a uma mulher pelo ‘aluguel’ do seu útero. Porém, essas opções continuam proibidas no Brasil”.
 
Casais Lésbicos
No caso de casais de duas mulheres há duas técnicas possíveis: a fertilização in vitro e a inseminação intrauterina. Dr. Sabino ressalta que o sêmen usado deve ser doado e não pode ser de uma pessoa conhecida ou família. “É importante destacar que as mulheres não podem, por exemplo, utilizar o sêmen de um familiar de uma das parceiras para fertilizar os óvulos de sua companheira. Os doadores não devem conhecer a identidade dos receptores e vice-versa. Obrigatoriamente, é mantido o anonimato”, pontua o especialista. 
 
A fertilização in vitro tem mais vantagens, uma vez que se não ocorrer a fecundação, há a possibilidade de formar outros embriões. 

 

 
Redação Lado A

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa


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