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Alerta: Baixa em distribuição de medicamento aumenta risco da Sífilis no Brasil dizem médicos

Redação Lado A 16 de Fevereiro, 2016 21h39m

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A Sífilis voltou a preocupar o Governo brasileiro, depois que a Sociedade Brasileira de Infectologia enviou um ofício expressando a inquietação gerada pela redução considerável da penicilina benzatina, antibiótico conhecido por Benzetacil, principal medicamento usado para tratar a doença, que tem cura. Através de nota, o Ministério da Saúde informou está monitorando o abastecimento do medicamento e que a crise no abastecimento está relacionada à baixa produção mundial do medicamento, que sofre com a falta de matéria prima. 
 
Agora, mais do que nunca, é importante estar atento para as formas de contágio e alertas médicos, uma vez que tanto o setor privado quanto público de saúde estão com o medicamento em falta. 
 
Modos de contágio
O site do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Governo Federal tira todas as dúvidas sobre a transmissão da doença, que é feita através da bactéria Treponema pallidum. O modo de contágio acontece através do sexo sem proteção, como camisinha, em que um dos parceiros está infectado com a doença. O contágio é alto ainda por sexo sexo oral e é possível que a doença seja transmitida pela saliva, ou seja, pelo beijo, se houver porta de entrada que facilite a contaminação. 

Há ainda a possibilidade de acontecer por transfusão de sangue, mesmo não havendo registros no Brasil nos últimos anos por conta do processo seguro; seringas injetáveis e até mesmo a contaminação congênita, da mãe para o bebê durante a gravidez. Para as mulheres grávidas, a melhor forma de prevenção é o acompanhamento médico. Já pessoas sexualmente ativas devem sempre usar camisinha. 

Fases
A sífilis ocorre em fases distintas que passam despercebidas à maioria dos infectados: A sífilis primária é o primeiro estágio que ocorre a cerca de duas a três semanas após o contágio, formam-se feridas indolores (cancros) no local da infecção. Não é possível observar as feridas ou qualquer sintoma, principalmente se as feridas estiverem situadas no reto ou no colo do útero. As feridas desaparecem em cerca de quatro a seis semanas depois, mesmo sem tratamento. A bactéria torna-se dormente (inativa) no organismo nesse estágio.

A sífilis secundária acontece cerca de duas a oito semanas após as primeiras feridas se formarem. Aproximadamente 33% daqueles que não trataram a sífilis primária desenvolvem o segundo estágio. Aqui, o paciente pode apresentar dores musculares, febre, dor de garganta e dificuldade para deglutir. Esses sintomas geralmente somem sem tratamento e, mais uma vez, a bactéria fica inativa no organismo.

 
Sífilis latente – Esse é o período correspondente ao estágio inativo da sífilis, em que não há sintomas. Esse estágio pode perdurar por anos sem que a pessoa sinta nada. A doença pode nunca mais se manifestar no organismo, mas pode ser que ela se desenvolva para o próximo estágio, o terciário – e mais grave de todos.
 
Sífilis terciária – Este é o estágio final da sífilis. A infecção se espalha para áreas como cérebro, sistema nervoso, pele, ossos, articulações, olhos, artérias, fígado e até para o coração. Aproximadamente 15 a 30% das pessoas infectadas não tratadas desenvolvem o estágio terciário da doença.
 
Sífilis congênita – A sífilis pode, ainda, ser congênita. Nela, a mãe infectada transmite a doença para o bebê, seja durante a gravidez, por meio da placenta, seja na hora do parto. A maioria dos bebês que nasce infectado não apresenta nenhum sintoma da doença. No entanto, alguns podem apresentar rachaduras nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Mais tarde, a criança pode desenvolver sintomas mais graves, como surdez e deformidades nos dentes.
 
 
Alerta médico
A prevenção é necessária para todos os pacientes, sejam heterossexuais, homossexuais ou bissexuais. Uma pesquisa realizada em 2012 pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo entrevistou jovens homossexuais em casas noturnas da capital paulista. Parte da entrevista era fazer o exame de DST. Nele, 1 a cada 5 homens teve resultado positivo para sífilis em estágio de contaminação. 
 
Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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