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Você acha que paga caro pela entrada e produtos na night? Empresário explica.

Redação Lado A 01 de Fevereiro, 2016 15h23m

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Quando você vai para a balada à noite e vê os preços das bebidas, fica com aquela dor no coração e sai falando que está tudo muito caro? Pois é, à primeira vista, sem refletir, é um absurdo pagar 20 reais por um copo com vodca e energético. Na semana passada, uma postagem de um bistrô sobre uma cliente de Nova York que reclamou de pagar quase 4 dólares (R$12 reais) por uma água quente com limão abriu a discussão.
 
Mas ao ver um preço às vezes duas, quatro, cinco vezes mais caro do que você pagaria no mercado, pergunte-se o porquê desse acréscimo no valor, sendo que as empresas não podem cobrar preços abusivos segundo o Código do Consumidor brasileiro. Esse valor existe por dois motivos: primeiro porque ele não é abusivo e cobra, além do produto, as taxas de serviços. Segundo porque quem delimita o valor são os consumidores, ou seja, não há motivos para cobrar menos se o público paga pelo valor mais alto, essa é a lógica do mercado. 
 
Para explicar melhor como funciona, conversamos com Sildemar Paulucci, dono do Lucci, casa alternativa de Curitiba que agora retoma a proposta de restaurante lounge. Ele conta que, atualmente, não é cobrado valor de entrada na casa, apenas quando há artistas convidados, mas que o preço geralmente considera os serviços artísticos ofertados, assim como a comodidade do espaço. 
 
Pense: quase sempre há alguém para fazer a recepção na entrada, depois você curte as festas preparadas pelos DJs e promoters, é atendido pelos funcionários do bar, há ainda quem cuide dos banheiros e retire as suas garrafas do chão da balada. Todos esses serviços são cobrados do consumidor que usufrui dos benefícios. Vale ressaltar ainda que há o incidente do adicional noturno, contribuições sociais, impostos e adequações constantes à legislação e para melhor atender os clientes. 
 
“As pessoas têm a sensação de pagarem caro se, no mercado, uma cerveja custa 3 reais e uma balada vende por 7-10. Acham que o lucro é imenso, mas está longe de repor todos custos. A cobrança do serviço é necessária para manter a empresa viva no mercado”, explica Paulucci. 
 
Em cidades como Curitiba, a concorrência de casas noturnas LGBTs é grande. Por esse motivo, é necessário ter diferenciais para se destacar e atrair o público. Oferecer wi-fi, karaokê e outros serviços agradam a clientela, mas ao mesmo tempo geram mais custos para a casa. “Acredito que tudo tem um preço por algum motivo. Existe, lógico, exageros de algumas partes, mas acho que hoje os consumidores são bem informados e pagam o que acham justo e o que o local oferece. Um ambiente climatizado, com música, um bom atendimento, vale mais a pena do que pagar mais barato em outro local onde não oferece as mesmas condições”, completa. 
 
O Lucci está pegando desde o início deste ano firme na proposta de restaurante e oferece além de menus degustação, promoções e feijoada, a casa traz ainda rodízio de pizzas e opções de hambúrguer a partir de R$9,90. O Lucci abre para almoço com menu executivo e diversas opções e fica aberto até o fim da noite. Super vale a pena ir conhecer.
 
Redação Lado A

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Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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