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DJ Neh Hoffmann – A nova rainha das pistas do Sul: “Penso em transformar a noite de cada um ali em um momento mágico”

Redação Lado A 24 de Junho, 2016 17h38m

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A gaúcha de Vacaria do Sul, Neh Hoffman, encanta com naturalidade. Seu carisma esconde por trás uma força que é possível conferir quando ela assume as pick-ups.  Após uma separação conturbada, aos 28 anos, ela deu uma reviravolta em sua vida, mudando para Santa Catarina e recomeçando do zero.  Foi por lá, em Balneário Camboriú, que ela se apaixonou pela música eletrônica e esta paixão a levou a estudar e querer se tornar uma DJ.
 
Também com naturalidade ela posa para fotos em Blumenau, onde reside agora, com produção do produtor de moda Djoo Ferrari para o fotógrafo Ph Fernando Andrade. A equipe de produção paparica a diva que apesar de sua simplicidade está sempre com visuais luxuosos e exala glamour. Ela foi conquistando um a um, seja com seu talento ou por sua simpatia nata, e conseguiu ser residente em Curitiba, no novo Side Caffe, e em Criciúma, na maior festa de Santa Catarina, a Le Cabaret. Neh tem a cada dia uma carreira cada vez mais reconhecida e sólidaa, com muito profissionalismo e maturidade.
 
E seu som espelha este estilo todo. É chique, puro, de bom gosto, cheio de energia. Um tribal house que invade, pedindo licença, e contagia. Quando você vê, você já se apaixonou também. Há aquelas pessoas que nascem com uma estrela, para brilhar, outras apenas precisam descobrir o poder que possuem. Neh, Nêmora, aos 42 anos, é um exemplo dos dois casos, e ela conversa com a Lado A sobre sua trajetória:

Lado A – Como você começou a tocar?

Neh Hoffmann – Foi em Balneário Camboriú onde conheci o universo da musica eletrônica, onde me apaixonei completamente, e logo já senti um desejo gigante em me tornar DJ, porém não tinha condições financeiras para fazer o curso e fui adiando esse sonho. Trabalhei no comércio e depois de algum tempo encontrei uma antiga amiga que era proprietária de uma casa noturna, onde me deu oportunidade de trabalhar no estabelecimento como caixa. Logo esse sonho reascendeu o sonho novamente de me tornar DJ  e um dia, conversando, surgiu a ideia de um novo projeto voltado a música alternativa, que já sinalizava ser uma tendência. Então ela concordou e iniciamos um projeto de uma dupla para tocar música alternativa na casa, uma vez por mês. Em pouco tempo eu fiz um curso com um dos DJs da casa, e comecei a fazer apresentações. Pouco tempo depois, procurei me aperfeiçoar e cursei a AIMEC, escola internacional de musica eletrônica, e ingressei na minha vida de DJ de musica eletrônica em 2014, em seguida fui convidada para ser residente dessa casa, a Fly Music Club.
 
Como você escolhe seus sets? 
Exige muita pesquisa, tipo de publico, o que os frequentadores da casa curtem, o que esta sendo tocado na cena, quais os últimos lançamentos, etc.
E você tem alguma mania, algum ritual antes de tocar?
Uma das manias que tenho antes da minha apresentação, é que sempre faço uma oração pedindo ao meu anjinho da guarda para dar tudo certo. E, lógico, é bem famosa a minha tequila, que já minha marca registrada rs.
Como é descobrir a pista em cada lugar?
A cada nova casa, cada nova cidade, sempre é um misto de ansiedade e desafio. Tento sempre agradar o público e deixar a pista sempre quente. Para isso é fundamental prestar atenção perceber como o público reage aos sets, os nossos e dos outros DJs.
E você aceita pedidos?
Tento atender a todos os pedidos do publico, sempre que possível, me preparo com muito carinho para cada pista que vou me apresentar, eu penso sempre no tempo e todo o caminho que já fiz para pode estar ali.
Qual a sua maior crítica à cena?
Como eu vejo a cena GLS hoje ? Então acho que está havendo um resgate muito forte da arte DRAG na cena, à qual aplaudo, e a esses maravilhosos artistas, o meu respeito e total reconhecimento. Por outro lado, estão acontecendo muitas mudanças e precisamos estar muito atentos ao que os nossos clientes querem hoje, afinal, sem o publico não existimos. Portanto, precisamos sempre ter a humildade de ouvi-lo e nos adequar.
 
Quem escolhe as suas roupas e maquiagem?
É sempre muito emocionante a cada apresentação, pois sempre parece ser a primeira. Gosto muito de exagerar um pouquinho na produção, que também já é minha marca registrada, da minha forma mas é um jeito que eu encontrei de fazer referencia à arte DRAG, pela qual sou simplesmente apaixonada por tudo que ela represente. E há duas pessoas maravilhosas que estão sempre presentes de alguma forma em minhas produções: JHIDI CHAGAS no cabelo, make-up, e LUANDRA DRAG com o figurino.
E no que você pensa quando toca?
Em agradar o meu público que tanto amo e que está ali me prestigiando. Tento olhar para cada carinha e saber que meu som esta causando felicidade. Isso me da gás pra tocar a noite toda se preciso. Penso em transformar a noite de cada um ali em um presente, em um momento mágico!!!

 

Fotos: Ph Fernando Andrade – Produção de moda Djoo Ferrari – assistente de produção Michael Luiz e Mara Muntzfeld  – Beleza Joelma Adriano – assistente de beleza  Ale Piran –  Acessórios Luandra Drag  

CONFIRA UM DOS SETS DA DJ DISPONÍVEIS NA INTERNET:

 

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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