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Sem poder doar sangue, gay faz desafio protesto e quer ficar um ano sem transar

Redação Lado A 18 de Agosto, 2016 19h32m

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Tudo em nome de ajudar o próximo. Você se sujeitaria a ficar um ano sem fazer sexo  em protesto a uma lei que te proibe doar sangue? É isso que Jay Franzone, 21, que mora em Boston, nos Estados Unidos, está se propondo a fazer, uma vez que lá, homossexuais só podem doar sangue se estiverem há pelo menos 12 meses sem fazer sexo com outro homem. A medida é a mesma que é usada no Brasil e reforça o estigma de que os homossexuais são portadores de HIV.
 
Já há oito meses em abstinência, Jay revela que decidiu passar pela experiência como uma forma de protesto e experimento para provar ao órgão de administração de alimentos e remédios do país, o Food and Drug Administration (FDA), que medidas mais justas precisam ser tomadas. “Meu melhor amigo heterossexual pode transar com 25 mulheres em um mês, sem proteção, e doar. Se eu fizer sexo oral uma única vez em um ano, não posso. É absolutamente ridículo quando se comparam os riscos”, disse o jovem ao jornal britânico The Independent. 
 
Com o atentado à boate Pulse, em Orlando, onde muito sangue foi usado nas vítimas baleadas, tais normas começaram a ser repensadas e discutidas. Em 2015, as normas mudaram e permitiram que homens que transam com outros homens pudessem doar depois de 12 meses sem fazer sexo. Antes disso, era proibido a doação em qualquer circustância. Como disse o prefeito de Austin, no Texas, como é possível que seja mais fácil um homem conseguir comprar um rifle do que doar sangue mesmo sendo gay? E por aqui há a mesma pergunta…
 
 
Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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