A cantora drag Gloria Groove lançou o seu novo álbum completo no YouTube no último dia 03 de fevereiro. Aos 21 anos, original de Vila Formosa, São Paulo, a drag pretende conquistar o país com a sua versão de Hip & Hop e R&B falando sobre os problemas da comunidade LGBT, do preconceito e da arte de fazer drag. Depois de estourar com os videoclipes de Dona e Império, a gata espera conquistar mais fãs com as faixas de “O Proceder”. Seus clipes bombam na TV e as pessoas se perguntam: quem é ela?
A cantora tem a música correndo nas veias, nascido numa família de músicos, com mãe cantora e familiares instrumentistas, a persona drag Gloria Groove é uma das revelações do documentário paulista Tupiniqueens. Com uma pegada completamente diferente de Pablo Vittar e Lia Clark, as melodias da cantora recorrem a rimas rápidas e inteligentes, que falam sobre o seu cotidiano drag e o preconceito social.
Ela conta que já cantarolava canções de Mariah Carrey aos 4 anos de idade. Assumir sua personalidade drag foi mais demorado. Ela se montava para peças de teatro e festinhas, mas foi só três anos atrás que descobriu o reality show RuPauls Drag Race e percebeu que a arte drag fazia parte de quem era.
Foi só então que passou a lutar para construir um trabalho que conquistasse espaço na cultura pop brasileira. Mas seu objetivo era ir além, era trazer significado para esse novo movimento, aproveitando-se do rap e do hip hop para dar mais representatividade. “Se o Hip Hop e o Rap é uma grande parte de mim, que eu considero, e drag também, não tem porque não conseguir juntar”, comentou, em entrevista à revista Trip.
Esse trabalho de três anos resultou no lançamento de O Proceder. A artista explica que todas as letras refletem histórias da sua vida como drag e homem homossexual. “‘O Proceder’ é um compilado de parcerias que fiz com alguns produtores. As letras são, em sua maioria, retratos e recortes da minha vida como Gay e Drag Queen de periferia, trazendo um ponto de vista mais pessoal e contundente. Menciono nomes de artistas reais, comento episódios que aconteceram comigo e uso metáforas absurdas, costurando tudo com um tom empoderado e festivo”, explica.
Ouça o álbum completo: