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Chemsex: os riscos do uso de drogas e bebidas antes do sexo

Redação Lado A 30 de Março, 2017 03h12m

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Você já foi convidado para uma festa onde a atração principal é a prática sexual após o consumo de drogas e álcool? Essa nova modalidade chama-se chemsex, que vem do inglês chemical sex, ou sexo com uso de substâncias químicas. Geralmente associada ao uso de o uso de mefedrona, metanfetamina e GHB, a prática sexual é realizada entre grupos e pode durar dias, por efeito das drogas. Apesar de não ser exclusivo da comunidade LGBT, é bem comum entre homens que fazem sexo com outros homens. 
 
Apesar de praticamente não gerar dependência química para fazer sexo, ou seja, os usuários conseguem fazer sexo com outros parceiros sem o uso das substâncias, a prática preocupa muito médicos e epidemiologistas da Europa, principalmente do Reino Unido e da Espanha. Isso porque, o efeito da metanfetamina e do ecstasy líquido cria um estado de inconsciência, o que reduz a percepção de risco dos usuários. Desta forma, o sexo sem proteção é bastante comum. E podemos comparar aos efeitos do álcool consumido em excesso, principalmente em festas com bebidas liberadas.
 
Um surto de Hepatite A na Europa está preocupando autoridades portuguesas, que desconfiam da origem numa dessas festas de chemsex. Já no Reino Unido, o medo ultrapassa as questões epidemiológicas e já virou uma questão de saúde pública. Lá, a questão é a transmissão do vírus do HIV. Há clínicas que já registraram mais de 100 casos por mês da prática de chemsex. 
 
A Sociedade Espanhola Interdisciplinar de AIDS pontua que 35% dos infectados em tratamento decidem por interromper o uso de medicamentos quando vai se drogar. É aí que está o perigo da transmissão. 
 
Transmissão de doenças
A Hepatite A e o HIV não são as únicas doenças transmissíveis que podem rolar nessa prática, gonorréia e sífilis também são facilmente transmitidas através da prática sexual sem preservativo. 
 
Saúde arterial e mental
As drogas são conhecidas por reduzir a inibição e aumentar o prazer do usuário. Entretanto, os efeitos colaterais atingem a pressão arterial, ao aumentar a frequência cardíaca. Outro problema são as sequelas na saúde mental da pessoa caso o uso prolongado se estenda ou se torne frequente. Além disso, as drogas podem causar dependência.
Risco
Entenda que a imunidade baixa facilita a transmissão, bem como a alta carga viral a que se teve contato. Por isso é primordial o uso do preservativo, manter o controle da situação e o cuidado com a saúde.

 

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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