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HIV Aids: PreP chega a custar mil dólares nos EUA e é oferecida de graça em Curitiba

Redação Lado A 24 de Agosto, 2017 00h12m

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A profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) é uma estratégia que envolve a utilização de uma medicação antirretroviral (ARV)  para reduzir o risco de uma pessoa adquirir a infecção pelo HIV através de relações sexuais. O objetivo do uso do medicamento Truvada é proteger grupos que estão mais expostos ao risco de infecção, como profissionais do sexo, casais sorodiscordantes (quando um tem o vírus e o outro não), pessoas trans e homens que fazem sexo com homens. Combinada com outros métodos de prevenção, a idéia é barrar a infecção pelo HIV em pessoas que não seguem as medidas preventivas sempre e se expõem em excesso.

Segundo o ministro Ricardo Barros, o governo federal “já investiu U$ 1,9 milhão na compra de 2,5 milhões de comprimidos de Truvada, o que deve ser suficiente para atender à demanda durante um ano. O Brasil será um dos primeiros países no mundo, e o primeiro na América Latina, a adotar essa estratégia preventiva”, acrescentou o ministro que, “o medicamento deve estar disponível no SUS para esses grupos 6 meses após a publicação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas”. O medicamento ainda não está liberado no SUS, Curitiba, porém, é cidade alvo de uma pequisa da USP e tem o Truvada disponível para pessoas que fizerem o perfil do estudo (clique aqui e saiba como participar).

Da eficácia do medicamento
Desde 2014, a profilaxia pré-exposição é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para pessoas em risco considerável de se infectarem com HIV e sua eficácia foi comprovada por quatro estudos clínicos. Um deles, o estudo internacional iPrEx (Iniciativa de Profilaxia Pré-exposição), do qual o Brasil também participou, concluiu que o uso diário de antirretroviral por homens saudáveis que fazem sexo com homens conseguiu prevenir novas infecções com eficácia que variou de 43% a 92%, dependendo da adesão ao medicamento.
Nos Estados Unidos
O CDC (Centro do Controle das Doenças) recomenda que devem ser medicados para evitar um potencial contágio: gays e bissexuais que fazem sexo sem preservativos; casais heterossexuais com parceiros de alto risco de contrair a doença – usuários de drogas injetáveis e homens bissexuais que fazem sexo desprotegido –; aqueles que mantêm relações sexuais com uma pessoa infectada; e todos os que compartilham agulhas ou sejam viciados em drogas desta maneira.
O Custo
Enquanto que em Curitiba os medicamentos serão disponibilizados gratuitamente, o tratamento nos EUA possui um custo anual superior a 13 mil dólares (29 mil reais). Na Espanha, uma caixa de 30 comprimidos custa 502,99 euros (1.527 reais), mas o medicamento não é vendido em farmácias. Está disponível unicamente em hospitais.
Mais informações: COA – Centro de Orientação e Aconselhamento localizado na Endereço: R. do Rosário, 144 – São Francisco, Curitiba – PR, 80020-110 – Telefone: (41) 3321-2781 
(W.M.)
Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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