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Tudo sobre o I Mister Gay Brasil

Redação Lado A 29 de Outubro, 2007 14h07m

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Na madrugada do último sábado, o Brasil conheceu seu representante ao Mr. Gay Internacional, em evento que lotou o Teatro Fábrica na capital paulistana. Publicitário Luciano Lupo, 27 anos, de Cuiabá, Mato Grosso, sagrou-se o Mister Gay Brasil em concurso disputadíssimo organizado pelo site Mix Brasil. Em segundo lugar ficou o anfitrião paulistano Rodrigo Naves e em terceiro lugar o brasiliense Adriano Rocha.


O responsável pela apresentação do evento foi o comunicador Leão Lobo, que foi uma das celebridades que abrilhantaram a noite, além dos jurados: o hair designer Celso Kamura, a apresentadora de TV Sabrina Sato, do Pânico na TV, o estilista de sapatos Fernando Pires, da drag Salete Campari, do empresário Rodrigo Zanardi e do jornalista Sérgio Ripardo da Folha de São Paulo. Na platéia, a drag Paulete Pink, o estilista Juliano Corbetta, a apresentadora Monique Evans, a drag Kaká Di Poli, além de várias outras pessoas de destaque na comunidade, como o próprio André Fischer, dono do Mix Brasil, que abriu o evento e explicou as limitações para esta primeira edição.


O resultado final agradou ao público, porém o segundo e o terceiro lugar criaram espanto geral. Os cinco finalistas do concurso foram eleitos de diferentes formas: um pelo voto dos internautas –  paulistano Rodrigo –  outro pelo voto dos próprios participantes – Mister Simpatia, que foi para o representante baiano, Alisson Nery. Já os jurados escolheram seus três prediletos que foram o catarinense Renato Agostinho, o cuiabano Luciano Lupo e o brasiliense Rodrigo Naves.


O cabofriense Fred Oliver, o paranaense Bruno Toledo e o gaúcho Hedersson Finns, prediletos de muita gente, ficaram de fora da final. A última etapa foi um show de talentos de 60 segundos que não saiu da dança e oratória. O gato vencedor do concurso até ia discursar nesta hora mas a platéia exigiu que ele tirasse a roupa e ele abandonou seus planos e fez um princípio de strip tease. Uma rodada de perguntas também fez parte desta etapa que terminou com o anúncio dos três vencedores e uma chuva de papel prateado.


Platéia mal educada
A platéia do evento decepcionou quem esperava um público mais civilizado. Além de interferir no que acontecia no palco, sobraram miados, provocações e piadinhas sem graça. Um dos artistas da Broadway Brasil teve que dar um discurso sobre o valor do seu trabalho quando a platéia vaiou a terceira entrada do grupo que se apresentou de graça ao vivo. Foi uó isso.


Bastidores
O vencedor do concurso é companheiro do dono do empreendimento GLS que o indicou ao Mr. Brasil, sendo que por eles foi alegado que não teve uma etapa regional por não haver outros participantes inscritos. O rapaz é realmente bonito e merece representar nosso país, mas não houve uma final justa, ainda mais que os talentos apresentados foram, digamos, improvisados e sem criatividade.


O sistema de eleição era confuso e a vaga na final dada pela internet favoreceu o representante de São Paulo, por causa do bairrismo natural dos votantes. Surpresas fazem parte do evento, mas fica a sugestão para que no próximo ano seja feito um sistema mais transparente e organizado. O fim do voto secreto, quem sabe, como querem propor na Câmara Federal.


A falta de um prêmio ao vencedor nacional também foi uma ausência marcante. Os rapazes ganharam apenas uma sunga pela participação deles.


O representante capixaba teve que abandonar a competição pois seu pai o proibiu de participar e ele cancelou sua inscrição na semana que precedeu o evento.


O programa Pânico na TV irá exibir neste domingo várias matérias que fez durante o evento. Um programa da TV comunitária GLBT de Nova York também colheu imagens do Mr. Gay Brasil.


Maratona de atividades
O evento foi realizado com dimensões modestas, e os rapazes passaram a tarde do domingo em uma verdadeira correria, enquanto a produção fazia os últimos acertos. Os 12 rapazes participaram de coletiva de imprensa, depois seguiram para um almoço, prova de roupas, depilação, limpeza de pele e outros cuidados de beleza, além de bronzeamento artificial. Eles ainda jantaram, participaram de mais encontros de divulgação e por fim ao evento que teve quase duas horas de duração. Depois ainda se jogaram na boate Flexx, onde pararam tudo. No domingo, o vencedor ainda teve que ser clicado para a revista Junior, do grupo Mix Brasil.


Confira no álbum mais fotos e em notícias relacionadas as imagens da festa na boate Flex.

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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