Lésbicas protestam contra projeto de vereadora em Maringá

Redação Lado A 07 de Outubro, 2009 18h52m

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Na última terça-feira, representantes da associação maringaense de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais protestaram na Câmara contra um projeto de lei da vereadora Marly Martin(DEM). Segundo os manifestantes, o projeto é homofóbico. No projeto, a vaga à associação no Conselho Municipal da Mulher deveria ser substituída por um “representante das entidades de recuperação de prostitutas e lésbicas”. Marly pediu o arquivamento da proposta, alegando que o assunto que estava vencido.


“Esse é um projeto antigo, não sei porque foi colocado na pauta de votação agora. O assunto já foi resolvido”, disse a vereadora para a imprensa local. “Eu era contrária ao texto anterior, que diz ‘representantes de lésbicas e gays’ no conselho. Gay é homem, não poderia ter cadeira no Conselho da Mulher”, justificou Marly, que evitou comentar a palavra ‘recuperação’.


Em plenário, Marly pediu o arquivamento do projeto, alegando que a palavra “gay” já havia sido retirada, em 2008, do estatuto do Conselho da Mulher.  O pedido foi aprovado, mas o vereador e médico Heine Macieira (PP) rebateu o argumento da vereadora. “Aceito o pedido de arquivamento (do projeto), mas a justificativa da Marly não procede, porque não existe entidade de recuperação de gays e lésbicas”, disse Macieira. Os manifestantes entregaram a cada vereador uma nota de repúdio antes da sessão que dizia : “Nós, mulheres lésbicas, não necessitamos de ‘entidades de recuperação’”, diz um trecho do manifesto. “Ela queria tirar uma cadeira que conseguimos com luta”, disse representante das lésbicas no Conselho da Mulher, Franciele Scopetc, que segurava um cartaz escrito: “Marly, sou igual a você”.

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